terça-feira, 30 de dezembro de 2008

TENISTA JOVEM


No tenista jovem que ainda está em pleno processo de crescimento e desenvolvimento (particularmente rápido no período do salto pubertário “spurt period”), as cartilagens de crescimento existentes nas extremidades dos ossos longos (epifíses) são particularmente vulneráveis a lesões por sobrecarga mecânica (forças de compressão) resultantes quer de macrotraumatismos, quer de repetições exaustivas dos mesmos movimentos (p.ex. serviço e smash) gerando microtraumatismos repetidos cujos efeitos cumulativos excedem a capacidade de adaptação biológica da estrutura osteo-articular aos esforços solicitados.

Nas zonas osteo-articulares de inserção músculo-tendinosa e capsulo-ligamentar as lesões ocorrem por forças de tracção repentinas exercidas por essas estruturas que nos jovens são mais fortes e resistentes que os locais de inserção, podendo originar a sua inflamação e nos casos mais graves padrões de ossificação irregular com perturbações no crescimento ósseo e mesmo lesões (fracturas) por arrancamento ou avulsão.

Estas lesões são mais frequentes no joelho (inserção do tendão patelar na tíbia - "Doença de Osgood-Schalatter"), calcanhar (inserção do tendão de Aquiles no calcâneo - "Doença de Sever") e cotovelo (inserção dos músculos e ligamentos na epitroclea)

Outra característica destas idades (10-16/17 anos) que constitui um aspecto vulnerável, está relacionada com os diferentes ritmos de crescimento que existe entre os ossos e os músculos e ligamentos. O pico de crescimento ósseo antecede o pico de crescimento dos tecidos moles. Este facto aumenta a susceptibilidade de lesões nos locais de inserção dos tendões e ligamentos ao nível periférico dos membros e no caso da coluna lombar pode contribuir para lombalgias de natureza inespecífica sem lesões estruturais mas que por vezes são incapacitantes para o treino ou jogo.

Por outro lado os ritmos de crescimento e maturação neurobiológica são individuais e determinados pela interacção entre factores genéticos e factores ambientais.

No Ténis como nos outros desportos, a divisão por escalões faz-se exclusivamente por idade cronológica e pode haver dois jovens com a mesma idade mas com perfis maturacionais muito distintos. Esta diversidade maturacional entre opositores, pode constituir uma desvantagem para o jovem com um estadio maturacional menos desenvolvido sobretudo nas características relacionadas com potência, velocidade e força muscular podendo contribuir para um risco acrescido de lesão nesse jovem (a bola do opositor “anda mais”, é mais “pesada” colocando desafios mais exigentes).

Por último o crescimento acelerado dos diferentes segmentos corporais pode não ser de imediato acompanhado por uma coordenação neuromuscular e um controle postural eficientes originando um risco acrescido em alguns gestos técnicos mais complexos ou em situações imprevistas e bruscas que exigem respostas nem sempre rápidas e/ou eficazes.

Os treinadores destes jovens conhecem bem estes períodos em que os seus atletas parecem mais descoordenados, mais lentos e com menor capacidade de resposta a situações novas e/ou imprevistas.

Os jovens tenistas com aspirações a competirem internacionalmente aumentam exponencialmente o tempo de exposição ao risco antes dos grandes eventos. O aumento não gradual do tempo e intensidade de treino cria riscos adicionais de lesão no jovem atleta em fase de crescimento/maturação, pelo que o processo de planeamento da actividade deve incorporar formas de recuperação do esforço, aportes nutricionais adequados, alternância de treino das diferentes componentes da actividade e reconhecimento de indicadores que nos indicam que os limites fisiológicos e psicológicos estão a ser testados.

O planeamento de qualquer actividade desportiva deve reconhecer as necessidades individuais de cada jovem atleta, identificar em que fase do processo de crescimento e maturação se encontra, conhecer os constrangimentos e limites inerentes, para que possa incluir componentes individuais adequadas (treino personalizado).


Raul Oliveira Fisioterapeuta,
Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana

LESÕES NOS JOVENS ATLETAS


Lesões nos jovens desportistas: diferentes dimensões de um problema

As crianças e adolescentes estão mais vulneráveis às lesões desportivas não só porque participam cada vez mais cedo e mais intensamente na prática desportiva como também estão num processo de crescimento rápido e de maturação neurobiológica, num ambiente psicossocial cada vez mais competitivo e selectivo.

O padrão de ocorrência de lesões (tipos, causas e sua distribuição) nos jovens adolescentes é semelhante ao que acontece nos desportistas profissionais adultos (American Academy of Orthopaedic Surgeons, AAOS, 2003)

No atleta jovem que ainda está no processo de crescimento/desenvolvimento (particularmente rápido no “spurt period”), as cartilagens de crescimento existentes nas extremidades dos ossos longos (epifíses) são particularmente vulneráveis a lesões por sobrecarga mecânica (forças de compressão). Isto acontece quer nos desportos de contacto onde são frequentes os macrotraumatismos (futebol, rugby, andebol, basquetebol, judo, luta, etc.) quer nos desportos que exijam repetições exaustivas dos mesmos movimentos (ginástica, patinagem artística, natação, etc.) gerando microtraumatismos repetidos cujos efeitos cumulativos excedem a capacidade de adaptação biológica da estrutura osteo-articular aos esforços solicitados (Norris, 2004; Caine, DiFiori & Maffuli, 2006).

Nas zonas osteo-articulares de inserção músculo-tendinosa (normalmente apófises) e capsulo-ligamentar as lesões ocorrem por forças de tracção repentinas exercidas por essas estruturas que nos jovens são mais fortes e resistentes que os locais de inserção, podendo originar a sua inflamação e nos casos mais graves lesões (fracturas) por arrancamento ou avulsão (Norris, 2004; Caine, DiFiori & Maffuli, 2006). Estas lesões são mais frequentes no joelho, calcanhar (calcâneo) e cotovelo (Cassus & Cassettari-Ways, 2006).

Outra característica destas idades (10-16/17 anos) que constitui um aspecto vulnerável está relacionado com os diferentes ritmos de crescimento acelerado que existe entre os ossos e os músculos e ligamentos. O pico de crescimento ósseo antecede o pico de crescimento dos tecidos moles (AAOS, 2002). Este facto aumenta a susceptibilidade de lesões nos locais de inserção dos tendões e ligamentos.

Por outro lado os ritmos de crescimento e maturação neurobiológica são individuais e determinados pela interacção entre factores genéticos e factores ambientais. Como a divisão por escalões em todos os desportos se fazem exclusivamente por idade cronológica, pode acontecer que se tenha dois jovens com a mesma idade cronológica mas com perfis maturacionais muito distintos. Esta diversidade maturacional entre opositores, particularmente nos desportos de contacto e/ou nos desportos onde a força muscular seja uma componente importante pode constituir um risco acrescido de lesão para o jovem com um estadio maturacional menos desenvolvido.

Por último o crescimento acelerado dos diferentes segmentos corporais pode não ser de imediato acompanhado por uma coordenação neuromuscular e um controle postural eficientes originando um risco acrescido em alguns gestos desportivos mais complexos ou em situações imprevistas e bruscas que exigem respostas nem sempre eficazes. Os treinadores destes jovens conhecem bem estes períodos em que os seus atletas parecem mais descoordenados, mais lentos e com menor capacidade de resposta a situações novas e/ou imprevistas.

UMA CRIANÇA OU UM JOVEM NÃO É UM ADULTO EM PONTO PEQUENO. APRESENTA UMA REALIDADE ÚNICA EM PERMANENTE EVOLUÇÃO E DESENVOLVIMENTO. AS LESÕES RESULTANTES DA PRÁTICA DESPORTIVA EM CRIANÇAS E JOVENS TÊM CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAS QUE É NECESSÁRIO COMPREENDER.

Raul Oliveira Fisioterapeuta
Equlibri_us - Gabinete de Fisioterapia
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Injuries on Gymnastics: Epidemiological Study at Portuguese National Level




Injuries on Gymnastics: Epidemiological Study at Portuguese National Level
Reis, M; Rego, F; Oliveira, R.

Poster apresentado no 13º European Congress of Sports Sciences
Estoril, Julho/2008


Abstract
Introduction: Gymnastics as a very demanding sport, both physically and psychologically, leads to a bigger injury predisposition for athletes.
Purpose: To determine the annual prevalence of injuries in competitive gymnasts (Trampoline, Acrobatics, Rhythmic and Artistic Gymnastics), at a national level, during the 2005/2006 season; and to characterize its incidence pattern, severity and associated risk factors.
Relevance: This epidemiological knowledge during the practice of gymnastics will allow the development of adequate strategies for injury prevention and the management of risk factors.
Methodology: A cross-sectional, descriptive and retrospective survey was implemented, through a self-answer questionnaire that was validated and tested. Information was collected in regard to the general athletes’ characterization, the practiced sport and the number of sustained injuries. A total of 991 questionnaires were sent to 38 gym clubs throughout the country, with a response rate of 35,2%.
Results: 150 athletes sustained injuries with an annual prevalence of 43,0%, from a sample of 349 gymnasts (21 clubs of national level), with a very young age (average 13,34 yrs). Injuries are more frequent in artistic gymnastic (62,7%), than in Acrobatics (45,6%), and Trampoline or Rhythmic gymnastics (36,2%). The lower limb was the most injured body region (49,6%), in particular the knee, ankle, toe and fingers. Almost four out of ten of the injuries showed recurrence or chronic behaviour. The level of practice with combination of technical elements was the biggest cause for the injury. Gymnasts 15 years and older, with larger amounts of practice time and higher training loads, present a bigger risk for an injury (p≤0,05).
Discussion: The results are comparable with other studies at international level and suggest a high injury risk during the practice of gymnastics. They point towards the need for the continuous intervention of physical therapists. Also, they alert health professionals and coaches to be concerned about high recurrence ratios and/or chronic injuries in younger athletes.
Conclusion: There is a high occurrence of injuries in competitive gymnasts, particularly in artistic gymnastics. The increased exposure risks (more training time and more intense training) in older teenager athletes increases the probability of injury incidence. The analysis of associated risk factors is important to promote better prevention strategies.
Bibliography:
Harringe, M., Lindblad, S. & Werner, S. (2004). Do team gymnast compete in spite of symptoms from an injury?. British Journal of Sports Medicine, 38 (4), 398-401.
Kolt, G. & Kirkby, R. (1999). Epidemiology of injury in elite and subelite female gymnast: a comparison of retrospective and prospective findings. British Journal of Sports Medicine, 33(5), 312-318.
Key Words: Gymnastics, Trampoline, Acrobatics, Artistic Gymnastics, Rhythmic Gymnastics, Injuries, Epidemiological Study; Prevention.

PREVENÇÃO DE LESÕES NO OMBRO DOS TENISTAS


Diversos estudos indicam que as lesões no ombro são comuns em tenistas, sendo a região do membro superior mais afectada. A grande mobilidade do ombro, o poder dos músculos que aí produzem movimento e o facto de ser uma região de charneira entre o tronco e os segmentos mais distais (antebraço e mão) são à partida factores que determinam um risco acentuado de lesão nessa região.

As características dos gestos presentes no ténis agudizam esse risco e predispõem o tenista a lesões de sobrecarga (overuse) no ombro dominante. As causas estão relacionadas com a natureza repetitiva e exaustiva dos gestos realizados no ténis, a elevada velocidade de execução, com acelerações máximas seguidas de desacelerações bruscas, ou as amplitudes extremas de movimento.

No quadro de lesões do ombro do tenista, a patologia da coifa dos rotadores (tendões de músculos responsáveis pela rotação do braço e indispensáveis à estabilidade articular do ombro) constitui a lesão mais comum em todas as idades e níveis competitivos.

Não há estudos que relacionem a taxa de lesão com gestos técnicos específicos. No entanto, o serviço e o smash são gestos que parecem ser particularmente exigentes em termos de carga mecânica do ombro. Várias razões concorrem para isso. Um dos factores prende-se com a colocação do braço no final da fase de aceleração numa rotação externa muito acentuada (cerca de 170º) de forma a potenciar a aceleração da raquete durante a fase principal do gesto.

Outro factor está relacionado com a elevada aceleração da rotação interna do braço na fase de aceleração, promovendo elevado stress mecânico das estruturas posteriores do ombro durante o impacto com a bola e os instantes imediatamente seguintes. Por último, o facto de nestes gestos o braço ser elevado acima do ombro, o que se traduz numa sobrecarga principalmente para as estruturas superiores da articulação escápulo-umeral.

Diferentes tipos de factores podem influenciar a lesão de sobrecarga do ombro do tenista: erros/limitações na execução de gestos técnicos, falta de orientação técnica ou autodidactismo, prática concentrada e/ou irregular, tempo e formas de recuperação do esforço não eficazes, tipo e características da raquete/corda/tensão, ausência de trabalho preventivo de força e de flexibilidade, idade sénior, limitações e constrangimentos específicos (alterações degenerativas), alterações posturais (ex. postura cifótica), lesões anteriores não resolvidas, desequilíbrios entre grupos musculares antagonistas (ex. rotadores externos / rotadores internos), disfunções articulares (hiperlaxidão ligamentar), factores psicológicos (traços de personalidade, auto-percepção do risco e factores condicionantes da prática).

Deve analisar-se a interacção entre os factores que estão na origem da lesão de sobrecarga para que se implementem estratégias pró-activas de prevenção de lesões ainda antes de elas acontecerem (prevenção primária) e de despiste precoce de lesões minor minimizando o risco potencial de agravamentos e/ou instalação de processos crónicos.

As lesões de sobrecarga têm um quadro de instalação de sinais e sintomas gradual, no inicio pouco perceptível para o próprio tenista, que resultam de microtraumatismos a partir da repetição exaustiva de movimentos sem os adequados períodos de recuperação/repouso e/ou na execução incorrecta de certos gestos técnicos, como acontece muitas vezes no tenista amador sem uma orientação técnica adequada. Nestas situações, face à instalação lenta e gradual do quadro clínico (sinais e sintomas) torna-se ainda mais importante que o tenista e o seu treinador reconheçam os sinais de alerta que o corpo vai dando e os indicadores de que algo não está bem.

Normalmente as lesões por sobrecarga são lesões pouco incapacitantes no início, que não impedem a prática mas que quando são ignoradas podem-se tornar não só bastante incapacitantes como crónicas (mais de 3 meses) e de resolução mais difícil e/ou com tempos de paragem mais prolongados. Em alguns casos as suas consequências podem mesmo ter implicações na vida diária.

Na resolução das lesões por sobrecarga é fundamental cruzar a análise de todo o processo de treino (aspectos físicos, técnicos e tácticos) e suas condições com as características individuais (componentes anatómicas, funcionais) de cada tenista. Neste aspecto é indispensável a cooperação entre treinadores, responsáveis pelo treino físico, fisioterapeutas, médicos e outros profissionais.

O risco de lesão no ombro está muito associada a desequilíbrios musculares resultantes da repetição de gestos técnicos. Esses desequilíbrios traduzem-se num perfil de ombro que caracteriza o tenista e que envolvem quer a força quer a amplitude dos movimentos de rotação do braço. Os aspectos mais característicos desse perfil são: (1) elevada força de rotação interna do braço sem capacidade correspondente na força para travar esses movimentos (força de rotação externa do braço); (2) elevada amplitude de rotação externa do braço; (3) reduzida amplitude de rotação interna do braço; (4) redução na amplitude total de rotação do ombro.

Para evitar que este quadro se implemente é necessária uma atitude preventiva que antecipe e atenue estas tendências com exercícios específicos e uma monitorização regular do balanço entre mobilidade/força dos grupos musculares mais solicitados nos diversos gestos do ténis.

Para minimizar que o perfil identificado no parágrafo anterior se instale e assuma proporções indesejáveis, o praticante de ténis deve ter uma preocupação permanente com o trabalho de reforço muscular dos músculos rotadores externos do ombro (localizados na região posterior do ombro) e dos músculos estabilizadores da omoplata, bem como com a flexibilidade das estruturas posteriores do ombro. Estas preocupações são fundamentais para evitar que se instale a instabilidade dinâmica no ombro do tenista.

No tenista adulto de idade mais elevada (tenista sénior) a lesão no ombro é facilitada pelas alterações degenerativas nas estruturas periarticulares do ombro e por sinais de conflito sub-acromial mais ou menos precoce (conflito de espaço entre tendões e elementos ósseos do ombro) associados a um deficiente controle da omoplata (papel importante do trabalho coordenado entre músculos estabilizadores da omoplata e músculos da coifa dos rotadores) e/ou a uma postura mais cifótica da coluna dorsal com anteriorização dos ombros.

A dor é o principal sintoma que alerta para lesão de sobrecarga no ombro. Normalmente localiza-se na região anterior e externa do ombro e que poderá mesmo irradiar para a face externa do braço. Por vezes também há dor na região posterior do ombro e omoplata. Estes sintomas agravam com certos movimentos como levantar o braço acima da cabeça (movimentos de flexão e abdução) rodar o braço (rotação interna e externa) que podem mesmo nos casos mais graves estarem parcialmente limitados. Os gestos de serviço, “smash” e “direitas altas” são os gestos mais comprometidos.

Em suma, é fundamental uma abordagem multidisciplinar para que as estratégias quer de prevenção quer de intervenção nas lesões sejam eficientes. Essa abordagem deve estar centrada: a) na avaliação objectiva dos padrões de movimento utilizados pelo tenista nos diferentes gestos (aqui é muito útil a filmagem para posterior análise); b) na análise das diferentes componentes de força muscular e flexibilidade dos principais grupos musculares envolvidos; c) no conhecimento dos factores de mobilidade e estabilidade articular funcional.
É sempre mais fácil prevenir a lesão, à custa de uma execução técnica adequada e de um trabalho de condicionamento físico que antecipe e compense desequilíbrios, do que tratá-la depois de instalada.

Pedro Pezarat e Raul Oliveira (Faculdade de Motricidade Humana)
ppezarat@fmh.utl.pt / raulov@netcabo.pt
(excertos de artigo publicado na Revista Executive Health & Welleness, nº 7, Outubro de 2008)

COMO PREVENIR LESÕES NO OMBRO DO TENISTA





Diversos estudos indicam que as lesões no ombro são comuns em tenistas, sendo a região do membro superior mais afectada. A grande mobilidade do ombro, o poder dos músculos que aí produzem movimento e o facto de ser uma região de charneira entre o tronco e os segmentos mais distais (antebraço e mão) são à partida factores que determinam um risco acentuado de lesão nessa região.

As características dos gestos presentes no ténis agudizam esse risco e predispõem o tenista a lesões de sobrecarga (overuse) no ombro dominante. As causas estão relacionadas com a natureza repetitiva e exaustiva dos gestos realizados no ténis, a elevada velocidade de execução, com acelerações máximas seguidas de desacelerações bruscas, ou as amplitudes extremas de movimento.

No quadro de lesões do ombro do tenista, a patologia da coifa dos rotadores (tendões de músculos responsáveis pela rotação do braço e indispensáveis à estabilidade articular do ombro) constituem a lesão mais comum em todas as idades e níveis competitivos.

Não há estudos que relacionem a taxa de lesão com gestos técnicos específicos. No entanto, o serviço e o smash são gestos que parecem ser particularmente exigentes em termos de carga mecânica do ombro. Várias razões concorrem para isso. Um dos factores prende-se com a colocação do braço no final da fase de aceleração numa rotação externa muito acentuada (cerca de 170º) de forma a potenciar a aceleração da raquete durante a fase principal do gesto.

Outro factor está relacionado com a elevada aceleração da rotação interna do braço na fase de aceleração, promovendo elevado stress mecânico das estruturas posteriores do ombro durante o impacto com a bola e os instantes imediatamente seguintes. Por último, o facto de nestes gestos o braço ser elevado acima do ombro, o que se traduz numa sobrecarga principalmente para as estruturas superiores da articulação escápulo-umeral.

Diferentes tipos de factores podem influenciar a lesão de sobrecarga do ombro do tenista: erros/limitações na execução de gestos técnicos, falta de orientação técnica ou autodidactismo, prática concentrada e/ou irregular, tempo e formas de recuperação do esforço não eficazes, tipo e características da raquete/corda/tensão, ausência de trabalho preventivo de força e de flexibilidade, idade sénior, limitações e constrangimentos específicos (alterações degenerativas), alterações posturais (ex. postura cifótica), lesões anteriores não resolvidas, desequilíbrios entre grupos musculares antagonistas (ex. rotadores externos / rotadores internos), disfunções articulares (hiperlaxidão ligamentar), factores psicológicos (traços de personalidade, auto-percepção do risco e factores condicionantes da prática).

Deve analisar-se a interacção entre os factores que estão na origem da lesão de sobrecarga para que se implementem estratégias pró-activas de prevenção de lesões ainda antes de elas acontecerem (prevenção primária) e de despiste precoce de lesões minor minimizando o risco potencial de agravamentos e/ou instalação de processos crónicos. As lesões de sobrecarga têm um quadro de instalação de sinais e sintomas gradual, no inicio pouco perceptível para o próprio tenista, que resultam de microtraumatismos a partir da repetição exaustiva de movimentos sem os adequados períodos de recuperação/repouso e/ou na execução incorrecta de certos gestos técnicos, como acontece muitas vezes no tenista amador sem uma orientação técnica adequada. Nestas situações, face à instalação lenta e gradual do quadro clínico (sinais e sintomas) torna-se ainda mais importante que o tenista e o seu treinador reconheçam os sinais de alerta que o corpo vai dando e os indicadores de que algo não está bem.

Normalmente as lesões por sobrecarga são lesões pouco incapacitantes no início, que não impedem a prática mas que quando são ignoradas podem-se tornar não só bastante incapacitantes como crónicas (mais de 3 meses) e de resolução mais difícil e/ou com tempos de paragem mais prolongados. Em alguns casos as suas consequências podem mesmo ter implicações na vida diária.

Na resolução das lesões por sobrecarga é fundamental cruzar a análise de todo o processo de treino (aspectos físicos, técnicos e tácticos) e suas condições com as características individuais (componentes anatómicas, funcionais) de cada tenista. Neste aspecto é indispensável a cooperação entre treinadores, responsáveis pelo treino físico, fisioterapeutas, médicos e outros profissionais.

O risco de lesão no ombro está muito associada a desequilíbrios musculares resultantes da repetição de gestos técnicos. Esses desequilíbrios traduzem-se num perfil de ombro que caracteriza o tenista e que envolvem quer a força quer a amplitude dos movimentos de rotação do braço. Os aspectos mais característicos desse perfil são: (1) elevada força de rotação interna do braço sem capacidade correspondente na força para travar esses movimentos (força de rotação externa do braço); (2) elevada amplitude de rotação externa do braço; (3) reduzida amplitude de rotação interna do braço; (4) redução na amplitude total de rotação do ombro.

Para evitar que este quadro se implemente é necessária uma atitude preventiva que antecipe e atenue estas tendências com exercicios especificos e uma monitorização regular do balanço entre mobilidade/força dos grupos musculares mais solicitados nos diversos gestos do ténis.

Para minimizar que o perfil identificado no parágrafo anterior se instale e assuma proporções indesejáveis, o praticante de ténis deve ter uma preocupação permanente com o trabalho de reforço muscular dos músculos rotadores externos do ombro (localizados na região posterior do ombro) e dos músculos estabilizadores da omoplata, bem como com a flexibilidade das estruturas posteriores do ombro. Estas preocupações são fundamentais para evitar que se instale a instabilidade dinâmica no ombro do tenista.

No tenista adulto de idade mais elevada (tenista sénior) a lesão no ombro é facilitada pelas alterações degenerativas nas estruturas periarticulares do ombro e por sinais de conflito sub-acromial mais ou menos precoce (conflito de espaço entre tendões e elementos ósseos do ombro) associados a um deficiente controle da omoplata (papel importante do trabalho coordenado entre músculos estabilizadores da omoplata e músculos da coifa dos rotadores) e/ou a uma postura mais cifótica da coluna dorsal com anteriorização dos ombros.
A dor é o principal sintoma que alerta para lesão de sobrecarga no ombro. Normalmente localiza-se na região anterior e externa do ombro e que poderá mesmo irradiar para a face externa do braço. Por vezes também há dor na região posterior do ombro e omoplata. Estes sintomas agravam com certos movimentos como levantar o braço acima da cabeça (movimentos de flexão e abdução) rodar o braço (rotação interna e externa) que podem mesmo nos casos mais graves estarem parcialmente limitados. Os gestos de serviço, “smash” e “direitas altas” são os gestos mais comprometidos.
Em suma, é fundamental uma abordagem multidisciplinar para que as estratégias quer de prevenção quer de intervenção nas lesões sejam eficientes. Essa abordagem deve estar centrada: a) na avaliação objectiva dos padrões de movimento utilizados pelo tenista nos diferentes gestos (aqui é muito útil a filmagem para posterior análise); b) na análise das diferentes componentes de força muscular e flexibilidade dos principais grupos musculares envolvidos; c) no conhecimento dos factores de mobilidade e estabilidade articular funcional.
É sempre mais fácil prevenir a lesão, à custa de uma execução técnica adequada e de um trabalho de condicionamento físico que antecipe e compense desequilíbrios, do que tratá-la depois de instalada.

Pedro Pezarat e Raul Oliveira (Faculdade de Motricidade Humana)



LESÕES MUSCULARES NO TENISTA






TENNIS LEG

No ténis os gestos com mudanças bruscas de direcção e/ou velocidade (corrida, deslocamentos laterais, verticais e oblíquos, arranques/travagens, movimentos de rotação, saltos) aumentam o risco quer de lesões agudas (lesões musculares nos gémeos são dos casos mais frequentes) quer de lesões por sobrecarga no membro inferior (tendinopatias do tendão de Aquiles).

A maioria das lesões agudas ocorrem no membro inferior enquanto que as lesões crónicas e/ou as lesões por sobrecarga afectam mais os segmentos do membro superior (ombro e cotovelo) e a coluna lombo-sagrada.

Os mecanismos desencadeantes das lesões musculares estão normalmente relacionados com 2 tipos de acções: a) estiramentos bruscos e/ou excessivos em contracção; b) Contracções musculares potentes com o músculo em estiramento. Os músculos mais afectados no tenista por esse tipo de lesões são os Gémeos – músculos da região posterior da perna, os hamstrings - músculos da região posterior da coxa, o quadricípite crural (região anterior da coxa) e os adutores (região interna da coxa). A maioria destes músculos actua em 2 articulações diferentes o que exige processos de coordenação inter e intra-musculares eficientes.
Há um conjunto de factores predisponentes das lesões musculares referidas atrás que se devem controlar quando se pretende implementar um programa de prevenção. Entre eles destacamos:
a) limitações de flexibilidade desses músculos;
b) desequilíbrios musculares entre músculos com acções opostas
c) situações de grande fadiga (local e geral);
d) Condição física de base inadequada e preparação prévia (vulgar aquecimento) insuficiente;
e) lesão muscular anterior no mesmo local
f) patologia sistémica à distância (ex. focos infecciosos à distância como é o caso de uma cárie dentária ou amigdalite, perturbam o sistema imunitário de defesa).


Independentemente dos mecanismos desencadeantes e dos músculos afectados as lesões podem ocorrer sem haver história anterior de lesão ou queixas nessa estrutura – 1ª lesão, ou serem recidiva de lesão anterior ou seja existir uma história passada de lesão nessa estrutura (pelo menos uma vez), mas com recuperação completa da mesma.

O quadro clínico de sinais e sintomas varia consoante a gravidade e extensão da lesão bem como o local do músculo afectado. Normalmente a instalação da dor tipo “picada ou facada” tem um início súbito e geralmente é bem localizada. Quanto maior for a extensão dessa lesão inicial maior será a incapacidade funcional resultante e como falamos de músculos do membro inferior a marcha e a locomoção normal podem ser afectadas. O edema e hematoma locais também variam consoante a gravidade da lesão inicial e podem demorar até 2 dias a aparecerem, sobretudo no caso de lesão muscular menos superficial. Nos casos mais graves pode ser visível e/ou palpável uma deformação nos contornos musculares.

É típico no caso das lesões nos gémeos (o gémeo interno na transição músculo-tendinosa é o local mais frequente) o tenista quando faz um arranque ou travagem bruscas, sentir uma dor aguda, violenta que descreve como uma sensação de “pedrada” ou de “tiro” que lhe dá uma incapacidade funcional imediata se a lesão for significativa.

Este quadro clínico descreve o que se designa por “tennis leg e é a lesão muscular mais frequente no tenista sénior (acima dos 35/40 anos). Por vezes o tenista já sente alguns sintomas minor mais ou menos localizados que ignora ou que pensa que é apenas cansaço local ou caimbras. Nestes casos pode ser um indicador de uma pequena lesão que depois se agrava.

Os objectivos terapêuticos desta fase passam por controlar a resposta inflamatória, melhorar a nutrição tecidular e a drenagem das substâncias indesejadas e reduzir a dor e o edema/hematoma locais.

Para isso o tenista deve consultar um fisioterapeuta ou um médico com experiência em lesões desportivas e realizar de imediato um conjunto de procedimentos terapêuticos que são descritos de uma forma sucinta pelas iniciais inglesas PRICE. Cuidados Precoces em termos de Repouso selectivo do segmento afectado, frio ou gelo local (Ice) (10 a 20 min de 2 em 2 horas nos primeiros 2 dias), Compressão selectiva da zona lesada e Elevação do membro.

Deve-se ainda evitar fazer calor local bem como qualquer forma de massagem (elementos vasodilatadores agravam a reacção inflamatória) e actividade excessiva sobre estrutura lesada.

Após a fase aguda (até 48/72 horas) inicia-se o processo de remodelação muscular que pode levar de 3 a 6 semanas consoante a gravidade da lesão inicial e a adequação do conjunto de cuidados prestados na fase pós-lesão que são determinantes no tempo de recuperação. Nesta fase é necessário o acompanhamento por parte de um profissional (médico ou fisioterapeuta) com experiência em lesões desportivas, uma vez que um tratamento inadequado aumenta o risco de recidivas, particularmente após retornos à prática do ténis demasiado precoce e indevidamente orientados.

Sabemos que o processo de reparação tecidular muscular bem sucedido (em termos anatómicos) pode-se fazer em cerca de 3 semanas, mas a remodelação completa e a (re)aquisição das características de força, flexibilidade, coordenação neuromuscular exigem mais tempo e sobretudo um planeamento gradual de reintegração no treino (ao longo de 2 a 3 semanas nos caso mais graves) evitando na fase inicial os movimentos a elevada velocidade, as mudanças bruscas de direcção e/ou velocidade.

O músculo lesado apenas estará totalmente recuperado em termos funcionais e plenamente integrado na sua cadeia cinética de movimento após um programa de reeducação funcional onde entram os exercícios de flexibilidade e de fortalecimento específicos numa fase inicial e os gestos específicos da modalidade numa fase mais tardia.

Raul Oliveira
Fisioterapeuta, R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana
Escola Superior de Saúde de Alcoitão
(excertos de artigo publicado na Revista Executive Health & Welleness, nº 2, Maio de 2008)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Injuries on Amateur Body Boarders – An Epidemiological Study


Injuries on Amateur Body Boarders – An Epidemiological Study
Tavares, I; Oliveira, R.

Poster apresentado 13º Annual Congress European College of Sports Science
Estoril - Julho/2008

Abstract
Introduction: Bodyboard is extremely difficult to evaluate, due to the environment where it takes place. This environment is influenced by a series of factors (the action of the winds, the sea streams, the type of sea and the gravitational action of the moon over the tides). These are all factors that the athlete is exposed to, and determine the conditions in which the practice of this modality occurs
Purpose: The main objective was to determine the semi-annual prevalence (Nov/06 - Apr/ 07) of injuries in amateur bodyboarders, characterize the incidence pattern (distribution by anatomic region and severity; frequency by gender, age, expertise level; the impact of the injuries on the activity and their evolution), and analyse the potential risk factors.
Methodology: Information was collected, through a cross-sectional, descriptive and retrospective survey, validated and pre-tested. The questionnaire characterized the sport, level of activity and injury incidence. A total of 115 questionnaires were distributed on available beaches, with an answers return rate of 96.5%.
Results: The sample was formed mainly by male bodyboarders 71.8%. Average age was 23.06 ± 5,68 years (12-50 yrs). The largest percentage of athletes (54.55%) was between 19 and 25 years old. During the 6 months under review, 91 injuries occurred. The lower limb showed a higher injury rate (37,9%), however, the head was the most injured anatomic region (17.2%). All injuries occurred during the practice sessions. Insufficient body heat was the most mentioned cause of injury (48.2%). Expert athletes present an injury risk about 3,26 times greater (OR=3.259; CI=1.423-7461), than beginning or intermediate athletes.
Discussion: Bodyboard has become an aquatic sport at very high demanding level. Thus the development of specific maneuvers and gestures demands a higher performance level and full dedication by the bodyboarder. The practice of bodyboard may involve some risks that we need to understand better in order to implement effective prevention strategies.
Conclusion: At least 1 of 2 bodyboarders suffers a injury in a 6 months period on Portuguese beaches. The analysis of associated risk factors is important to promote better prevention strategies.

Key-words: Bodyboard; Injuries; Prevalence; Prevention
References:

1 Brasil F. K., Andrade D. R., de Oliveira L. C., Ribeiro M. A., Matsudo V. K. R. (2001). Heart rate and movement time during recreational surfing. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 9 (4), 65-75.
2 Bridgham’s C. Bodyboard Injuries Survey in http://www.circlefx.com/bbsurvey/. 05-03-2006, 22:20.
3 Nathanson A., Bird S., Dao L., Tam-Sing K. (2006). Competitive Surfing Injuries: A Prospective Study of Surfing-Related Injuries Among Contest Surfers. American Journal of Sports Medicine, 35 (1), 113-117.

Musculoskeletal injuries on professional dancers in Portugal


Musculoskeletal injuries on professional dancers in Portugal
Azevedo, A.P.; Oliveira, R.; Fonseca, J.P.


Comunicação oral apresentada 13º Annual Congress European College of Sports Science
Estoril - Julho/2008
ABSTRACT
Introduction: Dance is a predisposing profession to the occurrence of injury, being physically and psychologically demanding, with different risk factors.
General purpose: To determine the annual prevalence of injuries on professional dancers in Portugal and to characterise associated its risk factors.
Methods: In this epidemiologic retrospective study, each participant completed a self-completing questionnaire that collected information about the personal data, professional activity and occurrence of injuries. 193 questionnaires were distributed among 17 professional dance companies. We have used the Spearman correlation test and the Qui-square association test to treatment of the data. The significance level was decided from p≤0.05.
Results: From the 100 dancers (approbation 51.8%), the majority of the dancers were woman (65%). We found 68 suffered at least one musculoskeletal injury (annual prevalence 68%). At 44.5% of the injuries, dancers didn’t interrupt for any day their professional activity. The lower limb was the most injured anatomic region, with 56.9% of all injuries; 16.8% of which were to the knee. Most injuries occurred during rehearsals (46.3%). Injuries are caused by many factors and the main cause reported was weariness and general fatigue (53%). The most referred method of prevention were adequate stage and studio floors for dance practice (74.2%) and health professionals working for the company (71.2%).
Discussion: The professional dancers of a high level are the result of a demanding process of selection. We found 68% of the dancers with a self-reported musculoskeletal injury. This value is similar in other studies: 42% in the English study and Australian professional dancers reported 56%. It seems safe to conclude that most professional dancers will be injured at some point in their careers. Dancers are particularly vulnerable to injury during rehearsals, because they are asked to do new things for which their bodies are not properly prepared for.
Conclusion: This study confirms that dancing at professional level is a high risk activity, with an elevated number of injuries and a multifactorial aetiology. It is necessary for the dancer to be aware of this fact in order to better prevent and treat his injuries. One should invest in the prevention of injuries in dance to reduce the risk factors and to promote a long and healthy professional career for the dancer.
Keywords: Dance, Musculoskeletal injuries, Epidemiologic study, Dancers.

References
Bowling, A. (1989). Injuries to dancers: prevalence, treatment, and perception of causes. British Medical Journal, 298, 731-734.
Byhring, S. & Bo, K. - Musculoskeletal injuries in the Norwegian National Ballet: a prospective cohort study. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports (2002); 12 (6): 365-370.
Hamilton, WG, Hamilton, LH, Marshall, P. & Molnar, M. - A Profile of the musculoskeletal characteristics of elite Professional ballet dancers. The American Journal of Sports Medicine (1992); 20 (3): 267-273.

CONSULTA DO(A) BAILARINO(A


A frequência de lesões em bailarinos profissionais, pré-profissionais ou não profissionais é elevada. Lesões que por vezes deixam sequelas prolongadas.

As lesões fazem parte da vida do bailarino. E estão associadas a uma multiplicidade de factores de risco.

Vários estudos sugerem que há características intrínsecas mensuráveis, nos bailarinos profissionais ou não profissionais, que contribuem para as lesões na dança assim como alguns factores externos.

O objectivo da nossa equipa é dar apoio aos bailarinos em variados aspectos: prevenção, reeducação, aconselhamento, recuperação das lesões e nutrição.

O bailarino deverá aprender a “ouvir” e a interpretar os sinais que o seu próprio corpo vai dando e deve reconhecer e respeitar os seus limites fisiológicos, sendo fundamental para evitar ou minimizar o risco de lesão. A prevenção, o repouso e a nutrição adequada são fulcrais na área da dança.

A nossa equipa é composta por fisioterapeutas especializados na área da dança e do desporto e por uma nutricionista. E actua em várias vertentes:
 Despiste de factores de risco e Prevenção de lesões;
 Programas de alongamento muscular e estabilidade dinâmica
 Tratamento/recuperação de lesões agudas e crónicas;
 Ensino de aspectos relevantes;
 Aconselhamento e Acompanhamento regular;
 Nutrição.
Realizamos consultas/acompanhamento para bailarinos(as) de todas as idades e nos diversos níveis de prática.

R’EQUILIBRI_US - GABINETE DE FISIOTERAPIA E SAÚDE

Morada: Rua D. João I, nº 8, 2780-051 Oeiras (ao lado do Tribunal de Oeiras)
Telefone: 309 984 508 ; Telemóvel: 96 44 38 793 / 917231718
Contactos:
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FT Raul Oliveira - raulov@netcabo.pt

Testemunhos antigos (2001) mas ainda actuais







Estes são excertos de uma entrevista à Noticias Magazine (revista do DN d JN) em 2001. Temas continuam actuais quer os relacionados com as lombalgias dos adolescentes quer os relacionados com a prática profissional da Fisioterapia em Portugal.

Raul Oliveira

ENCONTROS E DESAFIOS

Este blog está aberto a todos os contributos positivos numa perspectiva de educação para a saúde, de partilha de informação entre os diferentes profissionais e público em geral. Os comentários, questões, dúvidas, sugestões, criticas são sempre benvindas num espaço que se pretende de confronto de ideias e de experiências.

A ideia/conceito de R´Equlibri_us é de que a saúde em geral procura um estado de equilíbrio dinâmico que tem que lidar com desafios, obstáculos, problemas/limitações colocados quer por situações imprevistas (p.ex condições após acidentes ou doenças súbitas)quer por doenças adquiridas.

Pretendemos dar o nosso contributo em diversos domínios:

É o (re)EQUILIBRIO na saúde da criança e bebé promovendo o seu desenvolvimento harmonioso e normal e estimulando a interacção pais/filho.

É o (re)EQUILIBRIO na saúde da mulher (grávida ou não) promovendo o seu bem-estar em todas as idades.

É o (re)EQUILIBRIO na saúde da bailarina e atletas que pretendem optimizar a sua performance artistica/atlética minimizando o risco de lesão e/ou complicações associadas.

É o (re)EQUILIBRIO na saúde da nossa postura e coluna que muitas vezes é tão mal tratada pelos estilos de vida e hábitos que seguimos no nosso dia-a-dia.

É o (re)EQUILIBRIO na saúde das pessoas que sofrem traumatismos vários onde a mobilidade e autonomia funcional está transitoriamente comprometida.

É o (re)EQUILIBRIO na saúde das pessoas que sofrem de doenças degenerativas de diferentes origens e associadas ou não à idade. Parar é morrer, a VIDA É MOVIMENTO E O NOSSO CORPO ESTÁ FEITO PARA SE MOVIMENTAR. A expressão de todas as nossas funções, das mais básicas às mais complexas, faz-se através do nosso corpo que sente, vive, age e interage...

É o (re)EQUILIBRIO na saúde das pessoas idosas onde as alterações do controle postural e do equilíbrio podem condicionar o medo/risco de quedas potencialmente geradores de limitações da autonomia funcional e de exclusão social.

Raul Oliveira
Equilibri_us, Gabinete de Fisioterapia
309 984 508 / 917231718
raulov@netcabo.pt

FISIOTERAPIA - CONTEUDOS FUNCIONAIS LEGAIS

A Fisioterapia "centra-se na análise e avaliação do movimento e da postura, baseadas na estrutura e função do corpo; utilizando modalidades educativas e terapêuticas específicas, com base, essencialmente, no movimento, nas terapias manipulativas, e em meios físicos naturais, com a finalidade de promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiência, da incapacidade e da inadaptação, e de tratar, habilitar ou reabilitar utentes/clientes com disfunções de natureza física, mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade de vida."

Ministério da Saúde
(Decreto-Lei nº 261/93, de 24 de Julho
(Decreto-Lei nº 261/93, de 24 de Julho

QUE SERVIÇOS ?

Consultas/Tratamentos de Fisioterapia (Exemplos de alguns programas específicos)
Responsável Geral: FT Raul Oliveira

Fisioterapia Pediátrica - FT Alexandra Oliveira
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Saúde da Mulher – Preparação de pré-parto; pós-parto - FT Fátima Sancho
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Fisioterapia em lesões Desportivas e em condições ortopédicas e traumatológicas FTs Raul Oliveira / Nuno Morais, Ana Azevedo e Andreia Schlechter

Fisioterapia para problemas da Coluna Vertebral - FTs Raul Oliveira, Nuno Morais, Fátima Sancho e Ana Azevedo

Fisioterapia para problemas Neurológicos - FT Ana Azevedo / FT Andreia Schlechter

Fisioterapia em idosos – Programas de Prevenção de quedas e de mobilidade global FTs Raul Oliveira/ Nuno Morais, Ana Azevedo e Andreia Schlechter

APOIO DOMICILIÁRIO -
Com o objectivo de dar apoio em casa, a nossa equipa apresenta o serviço de Fisioterapia ao domicílio. É indicado a todos os indivíduos que apresentem alguma condição ou disfunção que limite a sua autonomia funcional, com pouca mobilidade e que não possam deslocar-se ou não seja aconselhável as deslocações a um gabinete de Fisioterapia. Também é indicado a indivíduos que queiram fazer um programa de prevenção e adaptação em casa.


CONSULTA DE NUTRIÇÃO - Drª Madalena Munoz - http://www.madalenamunoz.com/

QUEM SOMOS ? ONDE ESTAMOS ?

Equipa de Fisioterapeutas e outros profissionais de saúde (Nutricionista) com vasta experiência aliada a uma formação científica sólida e de elevado prestígio.

Raul Oliveira (FISIOTERAPEUTA E RESPONSÁVEL GERAL)
Alexandra Oliveira(Fisioterapeuta em SAÚDE DO BEBÉ E DA CRIANÇA)
Fátima Sancho (Fisioterapeuta em SAÚDE MATERNO-INFANTIL. Problemas da Coluna
Nuno Morais (Fisioterapeuta)
Ana Paula Azevedo (Fisioterapeuta)
Andreia Schletcher (Fisioterapeuta)
Madalena Munõz - (Nutricionista)

Onde estamos ? Equilibri_us – Gabinete de Fisioterapia – Av. D. João I, nº 8, 2780Oeiras (ao lado do Tribunal de Oeiras e Conservatória e em frente à Escola S.Julião da Barra; próximo do Alto da Barra)

Contactos: 309 984 508 / 917231718 (Raul Oliveira)
raulov@netcabo.pt

Raul Oliveira

APRESENTAÇÃO

APRESENTAÇÃO

Espaço que reúne uma equipa de profissionais de Fisioterapia e de Saúde com vasta experiência aliada a uma formação científica sólida e de elevado prestígio.

Pretendemos centrar a nossa intervenção – prevenção, aconselhamento, avaliação, tratamento e/ou reabilitação funcional – nas necessidades de saúde das pessoas procurando prestar um serviço na área da saúde de qualidade, personalizado e humanizado.

Queremos dar as melhores respostas no tempo mais curto possível pretendendo introduzir um ratio custo-benefício o mais eficiente possível para os nossos clientes num ambiente de empatia e confiança mútua.

Temos uma equipa de Fisioterapeutas especializados em diversas áreas para intervir desde o recém-nascido e a criança ao indivíduo sénior, passando por grupos específicos como bailarinas, atletas/desportistas quer de competição quer de lazer e mulheres grávidas

Temos relações profissionais de confiança com diversos médicos de elevado prestígio e experiência nas diversas especialidades e de quem recebemos pacientes para aconselhamento/tratamento e para quem encaminhamos as situações que assim o justificam.

O espaço de atendimento é acessível, funcional e acolhedor (fotos), com o equipamento tecnológico adequado e recente (links)

Estamos preparados para prestar cuidados de Fisioterapia de proximidade (domicilio) sempre que a autonomia funcional dos nossos pacientes assim o exijam.

Estamos conscientes da necessidade de progressão e do nosso dever de fazer sempre o melhor pelo nosso cliente pelo que apostamos na formação contínua dos nossos profissionais.

Por fim queremos ser lembrados não só como profissionais sérios, honestos e competentes mas sobretudo como “amigos” que deram um contributo, para quem nos procura, possa ultrapassar as situações mais complexas e difíceis que o limitam nas suas actividades quotidianas.

Raul Oliveira

APRESENTAÇÃO


Espaço que reúne uma equipa de profissionais de Fisioterapia e de Saúde com vasta experiência aliada a uma formação científica sólida e de elevado prestígio.
Pretendemos centrar a nossa intervenção – prevenção, aconselhamento, avaliação, tratamento e/ou reabilitação funcional – nas necessidades de saúde das pessoas procurando prestar um serviço na área da saúde de qualidade, personalizado e humanizado.


Queremos dar as melhores respostas no tempo mais curto possível pretendendo introduzir um racio custo-benefício o mais eficiente possível para os nossos clientes num ambiente de empatia e confiança mútua.

Temos uma equipa de Fisioterapeutas especializados em diversas áreas para intervir desde o recém-nascido e a criança ao indivíduo sénior, passando por grupos específicos como bailarinas atletas/desportistas quer de competição quer de lazer e mulheres grávidas.

Estamos preparados para prestar serviços de Fisioterapia de proximidade ao domicilio sempre que se justifique por limitações da autonomia funcional dos nossos pacientes


Temos relações profissionais de confiança com diversos médicos de elevado prestígio e experiência nas diversas especialidades e de quem recebemos pacientes para aconselhamento/tratamento e para quem encaminhamos as situações que assim o justificam.

O espaço de atendimento é acessível, funcional e acolhedor (fotos), com o equipamento tecnológico adequado e recente.

Estamos conscientes da necessidade de progressão e do nosso dever de fazer sempre o melhor pelo nosso cliente pelo que apostamos na formação contínua dos nossos profissionais.

Por fim queremos ser lembrados não só como profissionais sérios, honestos e competentes mas sobretudo como “amigos” que deram um contributo, para quem nos procura, possa ultrapassar as situações mais complexas e difíceis que o limitam nas suas actividades quotidianas.