As quedas nos sujeito idosos são um problema de saúde pública face aos efeitos e impacto que têm em primeiro lugar na autonomia funcional e saúde do próprio individuo, nas repercussões socio-familiares e nos custos indirectos que têm sobre todo o sistema de saúde com implicações socio-economicas cada vez maiores.
O risco de queda no sujeito idoso está relacionado com a perda de eficiência e/ou perturbações dos mecanismos de controle postural envolvidos no equilíbrio dinâmico necessário à realização de todas actividades/tarefas motoras mais comuns e básicas.
As consequências das quedas podem ser múltiplas. Uma das mais frequentes é a fractura do colo do fémur.
Um em cada 4 sujeitos idosos que sofre uma fractura do fémur morre nos 6 meses seguintes face ao conjunto dos efeitos que se sucedem relacionados com a sua mobilidade funcional em particular e com a sua saúde em geral.
Mais de 50% dos pacientes que sobrevivem após uma fractura do fémur, passam a viver com maior ou menor grau de dependência num lar ou numa instituição similar (cuidados continuados) e quase metade desses casos ainda lá se mantém 1 ano após a queda.
Mesmo as quedas que não resultam em fracturas têm um efeito na autonomia funcional do sujeito numa espiral de medo e de imobilidade que levam a défices funcionais geradores de algum grau de dependência e facilitadores de alguma exclusão.
O medo da queda e a consciência do risco auto-limita os sujeitos idosos e aumenta a sua dependência física, psicológica e social com repercussões na sua saúde.
CAUSAS MAIS COMUNS DE QUEDAS NOS SUJEITOS IDOSOS
Na maioria dos casos não há apenas um factor, mas a conjugação de vários factores que determinam o risco de queda no idoso. Aqui estão algumas das causas mais comuns
Acidentes e ambientes desfavoráveis;
Quedas em tapetes, obstáculos, escadas, rampas, etc.
Perturbações do equilíbrio e da marcha;
Perturbações do controle postural;
Tonturas e/ou alterações momentâneas da tensão arterial (p.ex. hipotensão ortoestática); Vertigens e outras perturbações do sistema vestibulo-postural
Dores no sistema músculo-esquelético associadas a alterações degenerativas (ex. dores nos joelhos por desgaste articular - gonartrose) e limitações da mobilidade articular;
Medicação e alcóol com efeitos secundários sobre o controle postural e equilíbrio;
Doenças agudas (p. ex neurológicas, cardiovasculares, etc.) e Doenças crónicas (p.ex. o pé diabético).
Alterações da visão e perturbações cognitivas
adaptado de Rubenstein LZ. Falls. In: Yoshikawa TT, Cobbs EL, Brummel-Smith K, eds. Ambulatory geriatric care. St. Louis: Mosby, 1993: 296-304.
História de quedas anteriores é um dos sinais preditivos mais importante a ter em conta pelo que se o sujeito tiver mais do que 2 quedas num período de 6 meses deverá ser feita uma avaliação dos factores de risco associados, para que se possa prevenir futuras quedas.
Em futuros post desenvolveremos esta temática.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 /917231718
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana
temos de sempre ajudar as pessoas principalmente os idosos que tenham dificuldade
ResponderEliminarParabéns pelo blogue Raul!
ResponderEliminarGostei muito e irei divulgar entre amigos e colegas.
Helô Isa André
Olá Helô:
ResponderEliminarAgradeço as simpáticas palavras. A m/ intenção é partilhar informação e experiências. Aparece, participa e divulga. Raul Oliveira
sou esudante de fisioterapia e estou fazendo um estudo sobre quedas na minha cidade .Acho super importante esse espaço para quem quiser expor seu comentário ou sua duvida.Parabéns por está iniciativa .
ResponderEliminarBoa noite: Agradeço as suas palavras sobre o blog. Se precisar de alguma bibliografia sobre essa temática para o seu trabalho posso enviar-lhe. Até breve. Raul Oliveira
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