sábado, 4 de abril de 2009

MARCHA COMO PADRÃO NEURO-MOTOR (5)


EMERGÊNCIA DA MARCHA AUTÓNOMA (2)

A base de apoio da criança no início da marcha autónoma é alargada por razões estruturais e por razões de estabilidade dinâmica.


A estabilidade mediolateral é adquirida primeiro e só depois a estabilidade antero-posterior


Os factores condicionantes da habilidade de manter a posição de pé e da locomoção bípede são:


1) Força suficiente na musculatura extensora para suportar o peso do corpo, sobretudo em apoio unilateral;

2) Mecanismos de equilíbrio dinâmico eficientes;

3) Estabilidade axial (tronco) e dos segmentos proximais (cintura pélvica e anca)
Características comuns da marcha da criança no 1º ano de vida (Sutherland e outros, 1980)

1) A elevada cadência (frequência dos passos);

2) A ausência de dissociação das cinturas escapular e pélvica;

3) Padrão global de flexão (joelho/anca) na fase de apoio (a extensão completa só é conseguida mais tarde por volta dos 4/5 anos);

4) Inclinação lateral pélvica (“tilt”) e abdução das ancas na fase oscilante;

5) Existe também uma flexão plantar do pé na fase do 1º apoio, por diminuição da flexão dorsal na fase oscilante dando a impressão dum apoio não controlado (“foot-drop”) relativo no 1º contacto.


Após a ocorrência dos primeiros passos de forma independente o padrão de marcha ainda é imaturo e caracterizando-se por: Okamoto e Kumamoto (1979)

a) Os movimentos de propulsão no final da fase de apoio estão ausentes;

b) Base de apoio é muito larga e braços numa posição elevada para serem usados como “instrumentos” de (re)equilíbrio.

3) Maior duração do duplo apoio - A fase oscilante é de menor duração porque a criança é ainda incapaz de se equilibrar consistentemente sobre um apoio (apoio unipodal). Logo a fase de apoio unipodal também é muito abreviada.


Raul Oliveira/ Alexandra Oliveira, Fisioterapeutas

R`Equilibriu_us, Gabinete de Fisioterapia

Av. D. João I, nº 8, Oeiras

309 984 508 / 917231718

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