EMERGÊNCIA DA MARCHA AUTÓNOMA (2)
A base de apoio da criança no início da marcha autónoma é alargada por razões estruturais e por razões de estabilidade dinâmica.
A estabilidade mediolateral é adquirida primeiro e só depois a estabilidade antero-posterior
Os factores condicionantes da habilidade de manter a posição de pé e da locomoção bípede são:
1) Força suficiente na musculatura extensora para suportar o peso do corpo, sobretudo em apoio unilateral;
2) Mecanismos de equilíbrio dinâmico eficientes;
3) Estabilidade axial (tronco) e dos segmentos proximais (cintura pélvica e anca)
Características comuns da marcha da criança no 1º ano de vida (Sutherland e outros, 1980)
2) A ausência de dissociação das cinturas escapular e pélvica;
3) Padrão global de flexão (joelho/anca) na fase de apoio (a extensão completa só é conseguida mais tarde por volta dos 4/5 anos);
4) Inclinação lateral pélvica (“tilt”) e abdução das ancas na fase oscilante;
5) Existe também uma flexão plantar do pé na fase do 1º apoio, por diminuição da flexão dorsal na fase oscilante dando a impressão dum apoio não controlado (“foot-drop”) relativo no 1º contacto.
Após a ocorrência dos primeiros passos de forma independente o padrão de marcha ainda é imaturo e caracterizando-se por: Okamoto e Kumamoto (1979)
a) Os movimentos de propulsão no final da fase de apoio estão ausentes;
b) Base de apoio é muito larga e braços numa posição elevada para serem usados como “instrumentos” de (re)equilíbrio.
3) Maior duração do duplo apoio - A fase oscilante é de menor duração porque a criança é ainda incapaz de se equilibrar consistentemente sobre um apoio (apoio unipodal). Logo a fase de apoio unipodal também é muito abreviada.
Raul Oliveira/ Alexandra Oliveira, Fisioterapeutas
R`Equilibriu_us, Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 / 917231718
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