Há um conjunto de alterações inerentes ao processo de envelhecimento que mais tarde ou mais cedo vão condicionar/influenciar em menor ou maior grau, o controle postural do sujeito idoso, sobretudo se houver patologias e/ou Disfunções associadas.
ALTERAÇÕES NEUROMÚSCULO-ESQUELÉTICAS
1) Perda de força da musculatura anti-gravítica + Diminuição da massa óssea (osteoporose) + Alterações degenerativas das articulações da coluna e dos membros inferiores + sedentarismo (posturas globais de flexão = ALTERAÇÕES POSTURAIS, ALTERAÇÕES NO CONTROLE POSTURAL E ALTERAÇÕES DA MARCHA
2) Alterações na velocidade quer da condução da informação (sensitivo e motora) com repercussões no tempo de reacção (mais lentos), quer de processamento de informação com efeitos na eficiência das tomadas de decisão
ALTERAÇÕES SENSITIVO-SENSORIAIS
A) ALTERAÇÕES SOMATOSENSITIVAS
1) Diminuição/alterações dos in-puts proprioceptivos das articulações dos membros inferiores (sobretudo nas distais e/ou nas sujeitas a patologias degenerativas ou vasculares. Ex. Joelho com artrose grave e avançada e Pé diabético são alguns exemplos.
2) Diminuição da sensibilidade táctil, de pressão e sensibilidade vibratória
3) Declínio das fibras sensoriais que enervam os receptores periféricos.
3) Declínio das fibras sensoriais que enervam os receptores periféricos.
4) Aumento do tempo de condução da informação sensitiva
B) ALTERAÇÕES VISUAIS (processo de envelhecimento)
1) Diminuição da acuidade e da acomodação visual
2) Diminuição da capacidade de perseguir objectos em movimento
3) Alterações na percepção de contorno e profundidade
4) Diminuição da adaptação da visão em ambientes com pouca luz
ALTERAÇÕES VISUAIS PATOLÓGICAS relacionadas com patologias especificas não ou mal controladas (cataratas, glaucomas, degeneração da mácula, etc).
C) ALTERAÇÕES AUDITIVAS
Diminuição da percepção auditiva com efeitos na escolha de estratégias de antecipação dos riscos.
D) ALTERAÇÕES VESTIBULARES
Perturbações da função vestibular com perda até 40% das células ciliadas aos 70 anos, existentes nos canais semicirculares do ouvido interno (aparelho vestibular), o que leva a que as respostas, de ajustes posturais quando existe desequilíbrio, sejam reduzidas, mais tardias e menos eficientes
No fundo há progressivamente um défice multisensorial o que torna mais difícil recorrer a mecanismos de compensação, devido a alterações/défices progressivos em todos os sistemas sensoriais importantes para o controlo postural dinâmico.
A imobilidade geral e o sedentarismo associados à falta de auto-confiança e auto-estima potenciam os efeitos descritos.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 /917231718
raulov@netcabo.pt
Olá Dr. Raul
ResponderEliminarParabéns pelo seu blog e pelas informações transmitidas.
Margarida Pereira
Olá Margarida Pereira:
ResponderEliminarAgradeço as sus simpáticas palavras. O objectivo é partilhar informação e poder dar um pequeno contributo nas diversas áreas/temáticas em saúde, sabendo que qualquer profissional de saúde deve centrar a sua intervenção nas necessidades e expectativas dos seus pacientes. Apareça sempre. Raul Oliveira