terça-feira, 19 de maio de 2009

LESÕES DE SOBRECARGA NO OMBRO DOS TENISTAS (4)

No dia 28 de Janeiro de 2009 escrevíamos um post sobre LESÕES DE SOBRECARGA NO OMBRO DOS TENISTAS (1) a propósito da lesão do ombro de Maria Sharapova (ex nº 1 do mundo).

Relembremos o que citámos na altura "M. Sharapova will pull out of next month’s Summer Olympics in Beijing, China. Sharapova withdrew from the Rogers Cup Wednesday evening, shortly after completing her second round match against Marta Domachowska. “After yesterday’s match I knew there was something seriously wrong with my shoulder,” wrote Sharapova on her official website.“After taking a few different exams and MRI’s this morning, the doctors found two small tears in the tendons of my shoulder.

Sabemos que acabou por ser operada ao ombro - Lesão parcial da coifa dos rotadores - depois de tentar tratamento não cirúrgico e que todo o processo de recuperação da lesão inicial afastou-a das competições praticamente 9 meses.

Competiu ao mais alto nível agora, no Torneio de Varsóvia (18 de Maio de 2009). Foi amplamente noticiado como in blog Bola amarela: "O dia foi de festa para o circuito feminino que hoje viu o regresso de uma das suas mais acarinhadas campeãs. Em Varsóvia, Maria Sharapova regressou após 9 meses longe dos courts e venceu a italiana Tathiana Garbin.

"No cômputo geral as ilações tiradas do regresso de Maria são bastante positivas, pese embora alguns dados menos entusiasmantes como a natural falta de confiança e o baixo ritmo no seu gesto de serviço. O saque foi mesmo um dos principais problemas da russa que cometeu 9 duplas-faltas, duas delas em match-points, situação que certamente terá estreita ligação com a lesão no ombro que a retirou de competição durante meses.

Volto a reforçar o que então escrevi em 3 post sobre as lesões de sobrecarga no ombro dos tenistas no final de Janeiro/2009 e que também é comum noutros atletas onde o gesto de lançamento/remate seja muito frequente/exigente (voleibol, andebol, lançamento do dardo, pólo aquático).

As exigências físicas colocadas ao ombro dos tenistas em termos de coordenação neuro-motora, amplitudes de movimentos solicitadas, cargas impostas e picos de velocidades (aceleração/desaceleração) são particularmente elevadas em determinados gestos como o serviço e o smash.

Uma última lição para muitos atletas, treinadores, médicos e fisioterapeutas: Não há tratamentos milagrosos e algumas das lesões exigem tempo, respeito pelos tempos de regeneração, abordagem multidiciplinar e trabalho.

Raul Oliveira, Fisioterapeuta

Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia

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Faculdade de Motricidade Humana

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