quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

LESÕES DE SOBRECARGA NO OMBRO DOS TENISTAS (1)

Maria Sharapova Withdraws from Olympics Because of Shoulder Injury

Maria Sharapova’s lingering shoulder injury has cost her an opportunity to compete for the Olympic gold medal, one of the most prestigious trophies in tennis.
The 2008 Australian Open champion announced on Thursday that she will pull out of next month’s Summer Olympics in Beijing, China. Sharapova withdrew from the Rogers Cup Wednesday evening, shortly after completing her second round match against Marta Domachowska.


After yesterday’s match I knew there was something seriously wrong with my shoulder,” wrote Sharapova on her official website.
“After taking a few different exams and MRI’s this morning, the doctors found two small tears in the tendons of my shoulder. There are so many mixed feelings because last night they were almost positive there was something wrong with my nerve which could have ultimately been much more serious but after the tests this morning, for the first time in a while, they were able to give me a different answer and a different problem.

But on the other hand this is something that needs a lot of time to heal, which really hurts me to say that I have to miss the Olympics.”

The timing is so unfortunate and this makes me more sad than anything,” continued Sharapova.
Her shoulder injury also places her in doubt for the US Open, which begins on August.

Sabemos agora que falhou a competição todo o resto do ano (US Open , Masters) e também não defendeu o titúlo do Australian Open que está a decorrer neste momento. Ao todo são mais de 6 meses ...e parece já estar a treinar mas ainda não competiu ao mais alto nível


Lesões de sobrecarga no Membro Superior

As exigências físicas colocadas ao ombro dos tenistas em termos de coordenação neuro-motora, amplitudes de movimentos solicitadas, cargas impostas e picos de velocidades (aceleração/desaceleração) são particularmente elevadas em determinados gestos como o serviço e o smash.

Todo o braço (cotovelo, antebraço, punho e mão) é também sujeito a momentos de força rotacional - criados pela cadeia cinética que envolve segmentos anatómicos muito mais fortes como a bacia/anca, tronco e cintura escapular – nos momentos das pancadas nas bolas.
Estas forças impostas à extremidade da cadeia cinética geradora do movimento ainda são influenciadas pela tipo de pega (mais “aberta”, mais “fechada”, dimensão do “grip”) e pelos estilos de jogo (Bylak & Hutchinson, 1998).
Os “pares” anca/bacia e coluna lombo-sagrada/tronco são de importância vital no ténis, porque funcionam como o centro de rotação da cadeia cinética dos gestos fundamentais e transmitem as forças geradas nos membros inferiores (acelerando-as) ao ombro e restante membro superior.

Como essa cadeia cinética se inicia nos membros inferiores, o “jogo de pés” é determinante na escolha dos apoios mais eficientes a cada pancada e cada gesto podendo ou não optimizar as forças geradas em cada segmento. Esse “jogo de pés” exige ajustamentos contínuos ao longo de todo a actividade (e não só nos momentos que precedem a pancada), respostas rápidas e eficientes numa dinâmica onde entram os picos de aceleração/desaceleração com mudanças muitas vezes instantâneas de direcção (p.ex no “contra-pé”) aumentando as forças de torsão, shear e de compressão nos segmentos anatómicos do membro inferior (joelho e pé/tornozelo). Estes mecanismos são os responsáveis normalmente por lesões agudas nos membros inferiores.

No tenista sénior ou no adulto com intuitos recreativos, o domínio básico dos gestos técnicos fundamentais, é de primordial importância na prevenção primária da maioria das lesões de sobrecarga do membro superior como as tendinopatias do ombro (coifa dos rotadores) e do cotovelo (“tennis elbow” ou epicondilites e as epitrocleites).

No tenista jovem e/ou de competição, onde esse domínio é um dado mais facilmente adquirido, o risco de lesão está mais associado às elevadas cargas de treino e/ou de competição que em situações de fadiga física e mental geram momentos de menor controle neuromuscular dos segmentos envolvidos (p.ex ombro e cintura escapular) criando um risco acrescido de lesão.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 / 917231718
mailto:mraulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana

Sem comentários:

Enviar um comentário