LESÕES NO COTOVELO DO JOVEM ATLETA (cont.)
FISIOPATOLOGIA
A Osteocondrite dissecante (OD) do cotovelo é uma osteocondrose que afecta a epífise articular (dos jovens acima dos 10 anos) quando é sujeita a cargas compressivas elevadas, concentradas e muito precoces.
Como vimos nos anteriores post (1 e 2) parece haver uma predisposição genética associada a 2 tipos de mecanismos etiológicos principais onde a sobrecarga/microtraumatismos repetidos têm responsabilidade.
O quadro fisiopatológico da OD pode ser descrito em 3 estadios:
1º Estadio - lesão aguda - espessamento e edema nas estruturas intra-articulares e tecidos moles envolventes. Muitas vezes a osso adjacente (metáfise) exibe uma ligeira osteoporose resultante de uma hiperémia activa.
2º Estadio - A irrigação sanguínea a essa zona da epífise fica afectada levando a uma necrose avascular. Aparecem irregularidades nos contornos da epífise afectada e um estreitamento da zona subcortical com rarefacção óssea (ver seta da imagem de cima). Ao Rx a epífise pode mostrar ainda a existência de um pequeno fragmento.
3º Estadio - O tecido ósseo necrosado perde o seu papel de suporte estrutural, o que vai provocar numa compressão com achatamento de uma parte da superfície articular, se o jovem atleta continuar a ser sujeito aos mecanismos etiológicos descritos.
É o período onde se tenta dar a reparação através do aparecimento de tecido de granulação que procura substituir o tecido necrosado.
O Exame radiológico simples com 2 incidências (A-P e perfil) é o exame complementar de entrada e pode ser suficiente, apesar da Ressonância Magnética ser mais precisa para definir a extensão e a gravidade da lesão osteocondral.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
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309 984 508 /917231718
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana
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