sábado, 28 de fevereiro de 2009

LESÕES NO COTOVELO DO JOVEM (1)


LESÕES NO COTOVELO DO JOVEM ATLETA


Os jovens que praticam ginástica (gestos em posições invertidas com o peso do corpo sobre os membros superiores), ténis/badminton e outros desportos onde o lançamento é um gesto fundamental (lançamento do dardo e do peso, andebol, voleibol) podem estar sujeitos a lesões de sobrecarga nas estruturas osteoarticulares do cotovelo que ainda se encontram em fase de crescimento.
Isto no caso de treinos muito intensos, concentrados, repetitivos e precoces.
Esta lesão chama-se OSTEOCONDRITE DISSECANTE do COTOVELO DO ADOLESCENTE.
Os gestos em esforço e/ou em carga repetitiva sobre os ossos ainda imaturos dos jovens, sobretudo na face externa do cotovelo podem enfraquecer/fragilizar o osso subcondral (osso por baixo da cartilagem articular. Esta reveste a superfície articular).
Esta situação continuada pode provocar alterações na irrigação óssea dessa região e sem vascularização o tecido ósseo entra em falência (necrose avascular - ver imagem abaixo) podendo originar o aparecimento de um fragmento ósseo nos casos mais graves e/ou diagnosticados tardiamente.
Não se conhece totalmente a causa mas é comum atribuir-se à sobrecarga (microtraumatismos) particularmente em determinados mecanismos etiológicos (ver post seguinte) e precocidade de treinos em jovens ainda em fase de crescimento.
Há autores que apontam alguma predisposição genética (Osteochondritis Dissecans of the Capitellum in Fraternal Twins: Case Report. Kenniston, J., Beredjiklian, P.; Bozentka, D.
The Journal of Hand Surgery (2008), Volume 33, Issue 8, Pages 1380-1383.
Pode ocorrer igualmente em jovens adultos sujeitos ao mesmo tipo de solicitações de grande intensidade. A Osteocondrite dissecante pode ainda surgir noutras articulações como o joelho e a tibio-társica (tornozelo).
Raul Oliveira, Fisioterapeuta
Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 /917231718
Faculdade de Motricidade Humana

LESÕES NO COTOVELO (1)




LESÕES NO COTOVELO DO JOVEM


ATLETA


Os jovens que praticam ginástica (gestos em posições invertidas com o peso do corpo sobre os membros superiores), ténis/badminton e outros desportos onde o lançamento é um gesto fundamental (lançamento do dardo e do peso, andebol, voleibol) no caso de treinos muito intensos, concentrados, repetitivos e precoces, podem estar sujeitos a lesões de sobrecarga nas estruturas osteoarticulares do cotovelo que ainda se encontram em fase de crescimento.


Os gestos em esforço e/ou em carga repetitiva sobre os ossos ainda imaturos dos jovens, sobretudo na face externa do cotovelo podem enfraquecer/fragilizar o osso subcondral (osso por baixo da cartilagem articular. Esta reveste a superficie articular).


Esta situação continuada pode provocar alterações na irrigação óssea dessa região e sem vascularização o tecido ósseo entra em falência (necrose) podendo originar um fragmento ósseo nos casos mais graves e/ou diagnosticados tardiamente.


Esta é uma lesão





The bone under the joint surface weakens and becomes injured, which damages the blood vessels going to the bone. Without blood flow, the small section of bone dies. The injured bone cracks. It may actually break off. This condition is called osteochondritis dissecans (OCD). In the past, this condition was called Little Leaguer's elbow. It got its name because it was so common in baseball pitchers between the ages of 12 and 20. Now it is known that other sports, primarily gymnastics and racket sports, put similar forces on the elbow. These sports can also lead to elbow OCD in adolescent athletes. How does this problem develop? The cause of elbow OCD in adolescents is unknown. Scientists think that genetics is one possibility. This means that certain families are more likely to develop OCD. The condition often occurs among relatives, and it is sometimes seen in several generations of the same family. Another possible cause is that the tiny blood supply to the humeroradial joint is somehow blocked. Only the ends of a few small blood vessels enter the back of the humeroradial joint. If this scarce blood supply is damaged, there is no back-up. Although the exact cause of elbow OCD in adolescents is not known, most experts agree that overuse of the elbow plays a major role in its development.

















































Osteochondritis dessicans (OCD) of the capitellum
occurs in adolescent and young adult athletes who are
involved in repetitive upper extremity exercises.
• Throwers, gymnasts, and weight lifters are particularly
susceptible.
• Etiology involves microtrauma, but exact cause is
uncertain.






















REVISTA JOSPT - MAR/2009




O Volume 39, No. 3 de Março/2009 da revista Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy da secção do mesmo nome da American Physical Therapy Association (APTA) já está disponível online para os membros do Grupo de Interesse de Fisioterapia n Desporto da nossa Associação que tenham aderido.

http://www.jospt.org/myjournal/main.asp
Aqui fica o indice com os artigos mais importantes:
INDICE
EDITORIAL - Clinical Prediction Rules in Physical Therapy: Coming of Age? Julie M. Fritz
Reliability and Diagnostic Accuracy of Clinical Special Tests for Myelopathy in Patients Seen for Cervical Dysfunction
Predicting Short-Term Response to Thrust and Nonthrust Manipulation and Exercise in Patients Post Inversion Ankle Sprain Julie M. Whitman, Joshua A. Cleland, Paul E. Mintken, Michael A. Keirns, Melanie L. Bieniek, Stephanie R. Albin, Jake S. Magel, Thomas G. McPoil
Different Nerve-Gliding Exercises Induce Different Magnitudes of Median Nerve Longitudinal Excursion: An In Vivo Study Using Dynamic Ultrasound Imaging Michel W. Coppieters, Alan D. Hough, Andrew Dilley
Maximal Voluntary Isometric Neck Strength Deficits in Adults With Whiplash-Associated Disorders and Association With Pain and Fear of Movement
Effects of the AirLift PTTD Brace on Foot Kinematics in Subjects With Stage II Posterior Tibial Tendon Dysfunction Christopher Neville, A. Samuel Flemister, Jeff R. Houck
The Effect of Selective Muscle Fatigue on Sagittal Lower Limb Kinematics and Muscle Activity During Level Running Eleftherios Kellis, Christina Liassou
The Physical Therapist as a Musculoskeletal Specialist in the Emergency Department Michael T. Lebec, Carleen E. Jogodka
Differential Diagnosis of Fibular Pain in a Patient With a History of Breast Cancer
Michael Ryder, Gail D. Deyle

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

SNAPPING HIP SYNDROME (3)


SNAPPING HIP SYNDROME (3)
"Anca que estala"

O Psoas além de ser o principal músculo flexor da anca (ver imagem ao lado) tem uma acção importante sobre a coluna lombar onde se insere.
Junta-se ao músculo ilíaco e através de um tendão comum insere-se no pequeno trocanter do fémur.
Neste seu trajecto, passa por baixo do ligamento inguinal (na virilha) e à frente da cápsula articular da articulação entre a cabeça do fémur e o ilíaco, onde existe uma bolsa serosa para minimizar as forças de atrito e/ou fricção.
Em caso de encurtamentos importantes, esta é uma das zonas mais afectadas por uma excessiva fricção podendo levar a uma bursite ou pelo menos ao Snapping Hip Syndrome.
Os movimentos de báscula da bacia (anterior ou posterior) associados aos movimento da coluna lombo-sagrada solicitam o desempenho do Psoas em sintonia com os restantes músculos, quer anteriores quer posteriores, da cintura pélvica e do tronco.

Os movimentos da dança privilegiando os padrões de flexão/abdução e rotação externa da anca associados aos movimentos de hiperextensão lombar com básculas anteriores da bacia podem levar a encurtamentos adaptativos do PSOAS - mais potente flexor da anca e com grande área de inserção na coluna lombar - se não for devidamente compensado.

Estes encurtamentos do Psoas podem ter repercussões quer a nível lombar (lombalgias), quer da articulação sacro-ilíaca e ainda na própria articulação coxo-femural (como já referimos antes)


Há diversas formas de testar e alongar o músculo Psoas-Ilíaco: quer mais localmente quer mais globalmente inserindo-o numa cadeia mais geral de músculos anteriores do tronco. Mas deve ser um trabalho a realizar pelos bailarinos e atletas com adaptações semelhantes.


Como se pode ver na imagem de baixo um encurtamento importante e bilateral do Psoas-ilíaco leva ao aumento da lordose lombar com repercussões directas na postura, no alinhamento biomecânico e nos movimento dos segmentos adjacentes próximos - bacia, anca, coxa - ou mesmo mais distantes - joelho, tornozelo/pé -


Raul Oliveira, Fisioterapeuta
Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 /917231718
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

LESÕES NO ATLETISMO - CASOS REAIS (1)


Estrela do atletismo chinês perto da reforma aos 26 anos

26 de Fevereiro de 2009, 11:33


A estrela do atletismo chinês Liu Xiang declarou esta quinta-feira que pode vir a abandonar as competições, caso sofra outra lesão grave como a que o impediu de disputar os Jogos Olímpicos de Pequim.
«Se voltar a lesionar-me direi adeus so desporto», declarou o atleta de 26 anos.
Liu está a recuperar de uma cirurgia no tendão de Aquiles, por uma lesão que o fez abandonar as eliminatórias dos 110 metros com barreiras em Pequim/ 2008.
"Pelo menos, posso viver minha vida como uma pessoa normal. Mesmo se não tivesse lesionado, pensava em retirar-me aos 30. É impossível ser atleta para sempre", afirmou o campeão olímpico em Atenas 2004.
Fonte: AFP


Raul Oliveira, Fisioterapeuta

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

SNAPPING HIP SYNDROME (2)



SNAPPING HIP SYNDROME (2)
"Anca que estala"

FACTORES PREDISPONENTES:
1) Encurtamentos adaptativos do tensor da fascia lata/banda ílio-tibial e/ou do Psoas-Ilíaco (flexores da anca) face à repetição exaustiva de gestos envolvendo flexão, abdução e rotação externa.

No bailarino, "o plié, o turnout, as attitudes, os arabesque", são gestos onde há conjugações diversas dos movimentos citados, expondo o bailarino a encurtamentos dos músculos envolvidos.



2) Alterações do alinhamento biomecânico como coxa vara ou largura da bacia/cintura pélvica mais estreita.
3) Alterações Posturais: hiperlordose lombar (acentua e é acentuado pelo encurtamento do Psoas- Ilíaco).

O Psoas-ilíaco é o principal flexor da coxa e tem origem na coluna lombar. É intensamente solicitado desenvolvendo hipertrofia e/ou encurtamentos adaptativos como acontece nas posturas de hiperlordose



4) Desequilíbrios força/comprimento entre músculos Abdutores/Adutores e Rotadores Externos/ Rotadores Internos

Os padrões de movimento mais comuns no ballet, levam ao encurtamento dos abdutores da anca (médio glúteo, tensor da fascia lata) e ao enfraquecimento dos músculos antagonistas que controlam a rotação interna e a adução (Milan, 1994).

Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

SNAPPING HIP SYNDROME (1)


SNAPPING HIP SYNDROME (1)
"Anca que estala"

É uma condição clínica que afecta bailarinos e atletas de certos desportos (atletismo, ginástica, patinagem artística, p. ex) e que se refere à presença de um crepitar/estalo perceptível e audível, causado por movimentos da anca (articulação entre o fémur e o ilíaco - coxo-femural).
Ocorre sempre que o músculo ou tendão passa sobre uma estrutura óssea causando fricção ou atrito.
É uma condição facilmente reconhecida mas ainda de difícil compreensão.
Os “cliks” ou “estalos” em atletas e bailarinos, durante os movimentos da anca , são fenómenos de ocorrência comum e geralmente permanecem assintomáticos.
A bailarina refere : “Ouço a minha anca estalar durante os grands battement ou nos developpés, principalmente à la seconde”.
O Atleta refere sentir e ouvir um estalo na sua anca quando faz os movimentos de flexão/extensão da anca associados ou não aos movimentos de rotação.


Tipos/causas:

1) Snapping hip syndrome de origem externa - snapping (estalo) provocado pelo atrito da banda iliotibial ou grande glúteo sobre o grande trocanter (eminência óssea do lado externo da anca).
2) Snapping hip syndrome de origem interna - snapping (estalo) provocado pelo atrito entre o tendão do psoas-ilíaco (que passa pela face anterior da articulação coxo-femural ) e a eminência ileo-pectinea (ilíaco) ou a espinha ilíaca antero-inferior ou mesmo com face anterior da cápsula articular onde existe uma bolsa serosa (estrutura que minimiza as forças de fricção).
Neste tipo de síndrome de origem mais interna é necessário despistar outro tipo de lesões como a lesão do labrum cotiloideu e de corpos livres intra-articulares (se houver antecedentes traumáticos) ou mesmo patologia degenerativa da articulação coxo-femural (no caso de bailarinos ou atletas seniores).
Inicialmente é uma condição que não provoca dores, mas com a continuação pode originar situações associadas como bursites (p. ex. bursite trocantérica no snapping hip de origem externa) ou tendinopatias (tenossinovite do psoas-ilíaco na região anterior da anca - VER IMAGEM ABAIXO) que já são entidades clínicas onde a dor é um sintoma presente e que leva a algumas limitações funcionais.


Sabe-se que afecta mais os sujeitos entre os 15 e os 40 anos e mais as mulheres que os homens, mas não há dados epidemiológicos a não ser em grupos específicos como nas bailarinas que chega atingir 30% das condições que afectam a anca.


Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

ARTIGO DO MÊS (9/2009)

Arthroscopic Treatment of Triangular Fibrocartilage Wrist Injuries in the Athlete

Timothy R. McAdams, Justin Swan and Jeffrey Yao
Am J Sports Med 2009 37: 291 - 297

Abstract

Background: Triangular fibrocartilage (TFC) injuries are an increasingly recognized cause of ulnar-sided wrist pain and can be particularly disabling in the competitive athlete. Previous studies show that arthroscopic debridement or repair can improve symptoms, but the results of arthroscopic treatment of TFC injuries in high-level athletes have not yet been reported.

Hypothesis: Arthroscopic debridement or repair of wrist TFC injury will allow a high rate of return to full function in the elite athlete.
Study Design: Case series; Level of evidence, 4.

Methods: Between 2001 and 2005, 16 competitive athletes (mean age, 23.4 years) with wrist TFC injuries underwent arthroscopic surgery. Repair was performed in unstable tears, and all others underwent debridement alone. Presurgery and postsurgery mini-DASH (Disabilities of the Arm, Shoulder, and Hand) scores were recorded for each athlete through medical record review and clinical evaluation. The mean duration of follow-up was 32.8 months (range, 24-51 months).


Results: The TFC was repaired in 11 (68.8%) and debrided in 5 (31.3%) patients. The tear was ulnar-sided in 12 (75%), radialsided in 2 (12.5%), combined radial-ulnar in 1, and central-sided in 1 patient. Mean mini-DASH scores improved from 47.3 (range, 25-65.9) to 0 (all patients), and the mean mini-DASH sports module improved from 79.7 to 1.95. Return to play averaged 3.3 months (range, 3-7 months). Associated conditions in the 2 patients unable to return to play at 3 months were distal radioulnar joint (DRUJ) instability with ulnar-carpal abutment (n = 1) and extensor carpi ulnaris (ECU) tendinosis (n = 1).


Conclusion: Arthroscopic debridement or repair of wrist TFC injury provides predictable pain relief and return to play in competitive athletes. Return to play may be delayed in athletes with concomitant ulnar-sided wrist injuries.

Keywords: triangular fibrocartilage; tear; arthroscopy; athlete; repair

LESÕES NO PUNHO (4)

LESÕES NO PUNHO - LIGAMENTO TRIANGULAR (LT)




Princípios de tratamento

Nas lesões minor e em jovens ainda em fase de crescimento, o tratamento inicial passa por imobilização do punho em posição neutra entre pronação/supinação, por um período de 4 a 6 semanas, seguido de recuperação funcional e do uso de uma protecção (tala) para controlar amplitudes extremas e devendo-se evitar a carga sobre o punho com a mão em extensão pelo menos durante os primeiros 3 meses.



Não devemos esquecer que o LT é uma fibrocartilagem havendo uma capacidade de regeneração muito limitada quando a lesão afecta a componente cartilagenea.




Quando o tratamento conservador não resolve os sintomas das lesões minor mantendo-se as limitações funcionais ou em caso de lesões major do LT confirmadas por Ressonância Magnética, que são acompanhadas por instabilidade da articulação radio-cubital inferior, e em caso de atletas que usam muito as mãos como elementos de apoio e de carga pode estar indicado o tratamento cirúrgico via artroscópica a ser realizado por cirurgião ortopédico com experiência nestas lesões.
Após a cirurgia é necessário um programa de Fisioterapia para recuperação funcional completa.


Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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LESÕES NO PUNHO (3)


LESÕES NO PUNHO - LIGAMENTO TRIANGULAR (LT)


Há uma relação mecânica entre o LT e alguns tendões como o extensor cubital do carpo.


O LT funciona como uma "roldana" que beneficia a acção desse tendão.
Isto significa que uma lesão nesse tendão pode ter implicações no LT e vice-versa.


Quadro clínico:
A dor é o sintoma mais comum que aparece no lado cubital (o mesmo lado do dedo mínimo) do punho normalmente após uma situação traumática (queda) ou uma sucessão de movimentos repetidos sobre o punho em carga.

A dor alivia com o repouso e agrava com os movimentos (pronação e supinação extremas; extensão ou flexão do punho associados ao desvio cubital - compressão do LT - ou desvio radial - estiramento) e com a palpação local

Por vezes ocorre um crepitar articular que aparece em certos movimentos combinados do punho e é acompanhado de dor no lado cubital do punho.

Pode haver diminuição de força muscular localizada (p.ex no movimento de desvio cubital ou adução da mão em posição neutra).

Nas lesões mais extensas e graves há instabilidade (mobilidade anormal) entre as extremidades distais do rádio e cúbito (testes de estabilidade articular da articulação radio-cubital inferior) com sinal de "tecla de piano" à pressão da cabeça do cúbito com o antebraço em pronação completa ou mesmo uma posição mais saliente da cabeça do cúbito relativamente ao rádio.

É imperativo comparar estes testes de estabilidade/mobilidade com o punho do lado oposto.


As lesões podem ter uma expressão minor ou major e resultar em 2 tipos:

a) Perfuração do LT por traumatismo ou alterações degenerativas

b) Avulsão ou arrancamento após traumatismo e que pode estar associado a lesões de ligamentos vizinhos.


A Ressonância Magnética é o exame mais fiável para confirmar esta lesão.


Lesão do LT numa fase ainda aguda/sub-aguda com imagem de derrame local



Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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domingo, 22 de fevereiro de 2009

LESÕES NO PUNHO (2)


LESÕES NO PUNHO - LIGAMENTO TRIANGULAR (2)


ANATOMIA FUNCIONAL E BIOMECÂNICA

O Ligamento Triangular (LT) é uma fibrocartilagem que constitui um reforço inferior da articulação radio-cubital inferior e separa o cúbito do ossos do carpo (separa o compartimento radio-cubital inferior do compartimento rádio-cárpico), oferecendo superfície articular para o condilo cárpico (evitando que o cúbito articule directamente com o condilo cárpico).

Palmer and Werner (1981) introduziram o termo "triangular fibrocartilage complex" (TFCC) para descrever esta estrutura articular que desempenha várias funções:
1) principal factor estabilizador da articulação radio-cubital inferior (reforço inferior).

2) oferece inferiormente uma superfície articular que juntamente com a face inferior do rádio forma uma cavidade que se articula com o condilo cárpico e são sede de movimentos da articulação radio-cárpica (em conjunto com a média-cárpica)

3) constitui um mecanismo flexível mas dinâmico na estabilidade rotacional dos movimentos de pronação/supinação que se passam em torno de um eixo que atravessa longitudinalmente a cabeça do cúbito. É um factor limitante nas amplitudes extremas de supinação

4) confere alguma capacidade de amortecimento/absorção das forças axiais nos movimentos com carga aplicada na mão (p.ex. posição invertida) face à sua localização e à sua componente cartilagenea. Palmer and Werner (1983) calcularam que 80% da carga axial era transmitida pelo rádio e 20% pelo cúbito. No entanto estas percentagens relativas variam consoante a posição da mão em relação ao antebraço e sobretudo com o comprimento anatómico do cúbito que pode sofrer algumas variações individuais.





Tem uma constituição e funções similares aos meniscos de outras articulações, sendo mesmo descrito por alguns autores, como um menisco.


Os movimentos de pronação e supinação do antebraço resultam de um movimento de rotação em torno de um eixo que passa pelo centro da cabeça do rádio (superiormente) associado com um movimento de translação da extremidade inferior do rádio em torno da cabeça do cúbito (ver imagem abaixo).


No conjunto desses movimetos é essencial uma estabilidade dinâmica assegurada pelo ligamento triangular.





Em conjunto com as estruturas capsulo-ligamentares das restantes articulações do punho são essenciais para a estabilidade dinâmica do do complexo articular antebraço-punho.


FISIOPATOLOGIA
A Lesão do LT resulta normalmente de situações traumáticas como quedas com o cotovelo e a mão em extensão, de gestos repetidos exaustivamente com a carga do corpo sobre as mãos e mais raramente em movimentos combinados e/ou amplitudes extremas dos movimentos do punho ou em gestos de recurso menos controlados ou incorrectamente realizados

Os sinais e sintomas na fase aguda (primeiros 2/3 dias) são comuns a outras lesões capsulo-ligamentares do punho e difíceis de distinguir. Mas passada a fase aguda há um conjunto de testes clínicos que poderão indiciar a lesão do LT através de exame clínico cuidadoso e criterioso despistando todas as possíveis lesões.


O exame complementar de diagnóstico mais fiável para confirmar esta lesão é a Ressonância Magnética.


Diagnóstico Diferencial
Outras lesões capsulo-ligamentares de articulações vizinhas. Lesões associadas
Instabilidade cárpica (resultante de lesões anteriores não resolvidas) e/ou instabilidade da articulação radio-cubital inferior
Tendinopatias dos tendões do lado cubital (extensor cubital do carpo)
Fracturas


Não sendo das lesões mais frequentes, pode ser uma lesão que se prolonga por muito tempo sobretudo quando é diagnosticada tardiamente e que dá sempre uma limitação funcional em alguns gestos, sobretudo aqueles que envolvem carga axial sobre a mão.


Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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LESÕES NO PUNHO (1)

LESÕES NO PUNHO - LIGAMENTO TRIANGULAR (1)

As lesões no punho dos atletas são mais comuns em certos desportos como a ginástica (actividade intensa, repetida e exigente nas posições invertidas ou de recepção ao solo após saltos ou outros gestos), desportos de raquete (ténis com gestos incorrectos) ou desportos com quedas frequentes.
Como em qualquer outra lesão desportiva é necessário conhecer bem a anatomia funcional e biomecânica regional, para se fazer uma cuidada e completa avaliação clínica e diagnóstico precoce adequado antes da intervenção terapêutica


As lesões no punho e mão chegam a atingir em certos desportos 25% do total de lesões (Amadio, 1990).
É nos ginastas onde a prevalência das lesões do punho é das mais elevadas (43% e muitas das vezes são lesões crónicas)


As lesões no punho e mão resultam normalmente de causas traumáticas e podem atingir várias estruturas (ósseas, ligamentares, cartilageneas, tendinosas, musculares) com níveis de gravidade também diferentes.
Falaremos agora de uma das lesões - LESÃO DO LIGAMENTO TRIANGULAR - em que a grande maioria das vezes, é diagnosticada tardiamente, quando os tratamentos efectuados não resultam e o quadro de sinais e sintomas condicionam limitações funcionais para certos gestos da modalidade.

Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

LESÕES NO TÉNIS - CASOS REAIS (2)



Rafael Nadal e Roger Federer os 2 tenistas que dominam os 2 primeiros lugares do ranking ATP desde 2004/2005 encontram-se lesionados já neste inicio de época. (ver post anteriores deste blog de 8 e 15 de FEV/2008 - Lesões nos tenistas (4) e Lesões no tenistas Casos reais(1))

Noticia do Jornal "O JOGO" in http://www.ojogo.pt/24-365/artigo781427.asp - 20 Fev/2008

Rafa e Roger em repouso
Os dois primeiros do ranking ATP estão lesionados e vão falhar, nas duas próximas semanas, as presenças no torneio do Dubai e na Taça Davis. Rafael Nadal não recuperou da lesão no joelho que quase o levou a desistir, no passado domingo, da final (perdida) do Open de Roterdão diante do britânico Andy Murray. É igualmente baixa na recepção da Espanha à Sérvia, na ronda inaugural da "Davis", a 6, 7 e 8 de Março.

Roger Federer sofre de uma lesão nas costas e continua sem competir desde que cedeu face a Nadal na discussão do título no Open da Austrália. O suíço também não actuará na eliminatória da Taça Davis, frente aos Estados Unidos.



Roger Federer a ser assistido em pleno recinto, aparentemente a um problema na coluna lombo-sagrada e/ou na articulação sacro-ilíaca esquerda - Federer é dextro pelo que se compreende a predisposição para sintomas mais à esquerda, uma vez que a aceleração da rotação esquerda do tronco no serviço e smash tem como fulcro a articulação sacro-ilíaca esquerda -
(Rever post de 8 de Fev sobre lesões nos tenistas (4)


Rafael Nadal já usa há muito tempo bandas adesivas de dispersão de forças aplicadas sobre a metade inferior de ambos tendões patelares por provável tendinopatia bilateral.
Nadal já tinha falhado Os Masters e a final da Taça Davis em Nov e Dez/2008, pela mesma razão. Parece ser uma tendinopatia do tendão patelar em ambos os joelhos mas aparentemente mais queixoso sobre o joelho direito.
Como canhoto, os apoios na recepção ao solo após o serviço/smash (ver a 1ª imagem deste post em cima à esquerda) mas também as mudanças bruscas de direcção e/ou velocidade (desaceleração/travagens bruscas) em pisos rápidos aumentam as forças sobre o aparelho extensor e consequentemente sobre os tendões patelares.



Raul Oliveira, Fisioterapeuta
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

ARTIGO DO MÊS (8/2009)

Radiographic analysis of commonly prescribed scapular exercises
Cote, M. P., Gomlinski, G., Tracy, J., Mazzocca, A. D.
J Shoulder Elbow Surg (2009) 18, 311-316
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=PubMed&dopt=Citation&list_uids=19128986


HYPOTHESIS: The performance of scapular exercises in the context of a clinical model of fatigue will result in superior migration of the humeral head and alterations in shoulder kinematics on radiographic analysis.
MATERIALS AND METHODS: Six healthy male volunteers underwent a series of radiographs before and immediately following two scapular exercises. To reproduce a practice setting a clinical model of muscle fatigue was utilized. Radiographs were taken at various degrees of elevation. Glenohumeral angle (GA), scapulothoracic angle (SA), and the position of the humeral head on the glenoid (excursion) were measured on each radiograph. Two-tailed paired sample t-test were used to compare pre-fatigue to post fatigue measures.
RESULTS: Following fatigue there was a significant increase in excursion at 45, 90, and 135 degrees of elevation indicating superior migration of the humeral head. There was an increase in SA from 0 to 45 degrees and a decrease in GA from 45 to 90 degrees of elevation. From 90 to 135 degrees an increase in GA was observed.
DISCUSSION: The amount of superior migration of the humeral head observed following exercise was consistent with previously reported amounts of superior migration in patients with subacromial impingement. The alterations that occurred in shoulder kinematics following exercise may have resulted from parascapular muscle fatigue as well as rotator cuff muscle insufficiency.

CONCLUSION: In the context of a clinical model of fatigue, these scapular exercises resulted in superior migration of the humeral head and alterations in shoulder kinematics on radiographic analysis in healthy subjects.
LEVEL OF EVIDENCE: Basic science study.
" the largest amount of superior migration of the humeral head post fatigue was observed as the arm elevated to 45. The function of the rotator cuff muscles during elevation is to center the humeral head on the glenoid. Fatigue of these muscles has been shown to produce superior migration of the humeral head in healthy volunteers. This effect has been attributed to alteration of the deltoid-rotator cuff force couple.
IDEIA - CHAVE
"Functionally, insufficient rotator cuff musculature either through exercise induced fatigue or pathologic deficiency disrupts the force couple, creating superior migration of the humeral head on the glenoid."
IMPLICAÇÃO CLINICA:
Todos os exercícios recomendados e seguidos no programa de recuperação funcional após lesões no ombro (p.ex. sindrome de conflito sub-acromial, tendinopatia da coifa dos rotadores, instabiliadde multidirecional) se não forem devidamente orientados e analisados promovem movimentos compensatórios da omoplata/clavicula, com alteração do padrão de recrutamento dos músculos envolvidos contribuindo para manter a disfunção e os sintomas por longos períodos.
DEVE SER DADO ÊNFASE NA (RE)APRENDIZAGEM DOS PADRÕES NORMAIS DE MOVIMENTO E NÃO NO FORTALECIMENTO ANALÍTICO E MERAMENTE MECÂNICO
Raul Oliveira, Fisioterapeuta

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009



O R´EQUILIBRIO - Programa de Exercício e Saúde
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LIGADURA FUNCIONAL (10)


LIGADURAS FUNCIONAIS - as conclusões dos estudos não são consensuais


A ligadura funcional poderá intervir positivamente nos sistemas proprioceptivos implicados na estabilidade dinâmica pois encontra melhoria nas variáveis da propriocepção medidas (Jerosch et al, 1995; Jerosch et al, 1996; Karlsson & Andreasson, 1992), no entanto Shima et al, 2005. argumentam que a ligadura poderá aumentar o tempo de reacção dos peroniais, tanto em sujeitos saudáveis como instabilidade, efeito que se considera prejudicial. .



Nos trabalhos de Alt et al (1999) e de Lohrer et tal (1999) também mediram o tempo de reacção dos músculos peroniais em sujeitos saudáveis, com e sem ligadura funcional. Não encontraram alterações tempo de reacção dos peroniais nas duas condições.

No entanto, quando relacionaram com a amplitude de movimento de inversão da tíbio-társica, referem que o efeito protector da ligadura funcional resulta não só da limitação mecânica da amplitude articular, mas também da diminuição da velocidade angular do movimento, que é significativamente reduzida. A redução da velocidade permite aos reflexos protectores serem activados a tempo de protegerem a articulação.


Refshauge e colegas (2000) verificaram não existirem diferenças significativas para a percepção do movimento, entre sujeitos com entorses recidivantes da tíbio-társica e sujeitos saudáveis, pelo que concluíram que o efeito protector da ligadura funcional não resultaria da melhoria da propriocepção.


Jerosch et al (1995; 1996) - Concluíram que os sujeitos lesionados apresentavam um maior erro na reprodução activa da posição do segmento, isto é, apresentavam um défice proprioceptivo. O uso da ligadura funcional reduziu o erro na reprodução da posição do segmento em todos os sujeitos, o que pode indicar uma melhoria da proprioceptividade


Também Karlsson & Andreasson (1992) encontraram efeitos benéficos do uso das LF em relação às capacidades proprioceptivas. Investigaram o efeito da LF na estabilidade articular em 20 sujeitos com instabilidade crónica unilateral da articulação tíbio-társica. Constataram que, na condição com a LF, o tempo de reacção dos peroniais reduziu significativamente na articulação instável, apesar de permanecer superior em relação ao lado saudável.


Leanderson et al, (1996) concluíram que os resultados indicavam um efeito positivo da ligadura funcional, em relação à oscilação postural antes do treino, o que poderia significar que os seus efeitos profilácticos seriam mais evidentes durante o início da actividade física.


Razões para diferentes conclusões e resultados não consensuais
a) desenhos de pesquisa e metodologias muito diferentes
b) tipo de intervenção e instrumentos utilizados também diferentes
c) critérios de inclusão não standartizados
d) medição da "proprioceptividade" é sempre indirecta, pois não é possível medir os "in-puts", mas apenas os "out-puts".



É necessário continuar a investigar os efeitos das LFs através da realização de ensaios clínicos aleatorizados e de estudos com desenhos experimentais de maior qualidade metodológica.


(excertos de artigo "O Efeito das Ligaduras Funcionais da Articulação Tíbio-Társica na Propriocepção – Revisão da Literatura" de Esteves, J. Melo, F.,Oliveira, R. e Cabri, J. publicado na Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto, vol.2, nº 2: 47-54). artigo completo em http://www.apfisio.pt/gifd_revista/media/08jul_vol2_n2/html/jul2008_5_lf_rev.html

Raul Oliveira, Fisioterapeuta

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

LIGADURA FUNCIONAL (9)

LIGADURAS FUNCIONAIS EFEITOS TERAPÊUTICOS



As lesões cápsulo-ligamentares do complexo articular pé/tornozelo resultantes normalmente de mecanismos de entorse em inversão e flexão plantar no momento de recepção ao solo (após um salto ou uma mudança brusca de direcção), vulgarmente conhecidas como “entorses do tornozelo”, são das lesões do sistema músculo-esquelético mais frequentes na prática desportiva (ver imagem ao lado) e mesmo na vida diária.


De realçar que o termo "entorse" reflecte apenas o mecanismo da lesão e não deve ser entendido como um diagnóstico. Dependendo da magnitude do entorse, do excesso mobilidade sofrida, da carga que se colocou sobre o tornozelo/pé, pode haver lesões das mais simples às mais complexas envolvendo mais ou menos estruturas articulares e mesmo ósseas.




A aplicação de meios externos para prevenção das lesões referidas atrás (ligaduras funcionais ou estabilizadores laterais do tornozelo - ankle braces), que limitam/controlam os movimentos de laterais do tornozelo (inversão/eversão) tem sido objecto de vários estudos de investigação








Comprovou-se a eficácia do uso destes métodos na prevenção da ocorrência de lesões, sendo mais eficaz na prevenção de recidivas (Firer, 1990; Garrick & Requa, 1973; Wilkerson, 1991).

A sua efectividade foi relacionada com o aumento do suporte estrutural promovido por esses meios externos, através da restrição dos movimentos no plano frontal (Cordova, Ingersoll, & LeBlanc, 2000).

Contudo o efeito mecânico dado por estes métodos reduz-se significativamente após a realização de exercício físico (Fumich, Ellison, Guerin, & Grace, 1981; Lynch & Renstrom, 1999; Rarick, Bigley, Karst, & Malina, 1962), especialmente a ligadura funcional, conforme demonstrado em vários estudos referidos por Hume & Gerrard (1998).

Por isso tem sido advogado que a utilização de ligaduras funcionais e ortóteses aumenta o feedback proprioceptivo articular, melhorando os mecanismos de estabilidade dinâmica através da influência sobre os sistemas de acção neuromuscular (Hume & Gerrard, 1998). No entanto esta afirmação também carece de maior evidência cientifica.

No entanto, também existem autores que advertem para a possibilidade do uso prolongado das ligaduras funcionais ter efeitos nocivos, especialmente relacionados com os processos neurofisiológicos da propriocepção (Bennell & Goldie, 1994; Hume & Gerrard, 1998).

Será importante continuar a estudar os efeitos e as indicações do uso de Ligaduras funcionais (cont.)


Raul Oliveira, Fisioterapeuta
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