LESÕES MUSCULARES - CLASSIFICAÇÃO
No meio desportivo ouvimos muitas vezes falar sobre as lesões musculares utilizando termos como "micro-rotura, rotura, distensão, estiramento", etc. A terminologia é variada e muitas das vezes não corresponde à forma como devemos classificar as lesões musculares.
As lesões musculares que implicam alterações estruturais (tecidulares) e funcionais (alteração na força, flexibilidade, resistência biomecânica entre outras) classificam-se em 3 graus: adaptado de Reid, D (1992) e Renstrom, P (1999)
Grau I
• Lesão não pode ser palpada ou observada. Não há deformidade
• Inflamação e desconforto de baixa intensidade
• Dor localizada no estiramento passivo do músculo afectado
• Sem perda significativa de força ou de mobilidade
• Parcialmente incapacitante para actividades desportivas mas muitas vezes possível em actividades quotidianas. Muitas vezes ignorada, pelo que pode preceder lesões musculares mais graves.
Grau II
• Lesão parcial/incompleta de parte das fibras musculares
• Dor aguda agravada com a contracção voluntária do músculo (quer movimento activo quer movimento resistido) ou pelo estiramento do mesmo.
• Perda de força e dor mais aguda à palpação. Perda acentuada da mobilidade/flexibilidade por dor
• Possibilidade de espasmo, edema/hematoma nas 24/48 horas após a lesão
• Incapacidade funcional mesmo em actividades funcionais e impossibilidade total em actividades desportivas.
Grau III
• Lesão completa
• Dor muito aguda no momento da lesão seguida de incapacidade funcional imediata
• Incapacidade para contrair (realizar movimentos activos) com deformidade visível e palpável.
• Equimose/hematoma e edema extensos
• Possibilidade de síndrome compartimental e/ou lesão neurológica periférica nos casos mais graves.
• No caso das crianças/adolescentes as lesões de grau III podem originar lesões por avulsão/arrancamento das zonas de inserção dos músculos no osso (local mais frágil, devido ao processo de crescimento).
Com estes indicadores de análise é possível a partir de uma história clínica cuidadosa e completa e uma avaliação clínica criteriosa o Médico ou o Fisioterapeuta estabelecerem diagnósticos clínicos e funcionais que poderão ser complementados com a imagiologia (Ecografia e Ressonância Magnética).
Nem sempre há uma correspondência absoluta e linear entre imagens e sintomas. Não devemos esquecer que estes exames são apenas complementares e que a sua fiabilidade nunca é de 100%. Em caso de dúvidas, deve-se dar sempre preferência aos sinais e sintomas que encontramos num exame clínico cuidadoso, até porque os exames imagiológicos são estáticos (centrados nos aspectos morfológicos dos músculos) e muitos dos testes clínicos analisam o comportamento do músculo dinamicamente através da sua função.
"Ouvir, observar, testar, medir, palpar, cruzar informação ...e reflectir" deverão ser as palavras-chave de qualquer profissional de saúde.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta,
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 / 917231718
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana
Escola Superior de Saúde de Alcoitão
No meio desportivo ouvimos muitas vezes falar sobre as lesões musculares utilizando termos como "micro-rotura, rotura, distensão, estiramento", etc. A terminologia é variada e muitas das vezes não corresponde à forma como devemos classificar as lesões musculares.
As lesões musculares que implicam alterações estruturais (tecidulares) e funcionais (alteração na força, flexibilidade, resistência biomecânica entre outras) classificam-se em 3 graus: adaptado de Reid, D (1992) e Renstrom, P (1999)
Grau I
• Lesão não pode ser palpada ou observada. Não há deformidade
• Inflamação e desconforto de baixa intensidade
• Dor localizada no estiramento passivo do músculo afectado
• Sem perda significativa de força ou de mobilidade
• Parcialmente incapacitante para actividades desportivas mas muitas vezes possível em actividades quotidianas. Muitas vezes ignorada, pelo que pode preceder lesões musculares mais graves.
Grau II
• Lesão parcial/incompleta de parte das fibras musculares
• Dor aguda agravada com a contracção voluntária do músculo (quer movimento activo quer movimento resistido) ou pelo estiramento do mesmo.
• Perda de força e dor mais aguda à palpação. Perda acentuada da mobilidade/flexibilidade por dor
• Possibilidade de espasmo, edema/hematoma nas 24/48 horas após a lesão
• Incapacidade funcional mesmo em actividades funcionais e impossibilidade total em actividades desportivas.
Grau III
• Lesão completa
• Dor muito aguda no momento da lesão seguida de incapacidade funcional imediata
• Incapacidade para contrair (realizar movimentos activos) com deformidade visível e palpável.
• Equimose/hematoma e edema extensos
• Possibilidade de síndrome compartimental e/ou lesão neurológica periférica nos casos mais graves.
• No caso das crianças/adolescentes as lesões de grau III podem originar lesões por avulsão/arrancamento das zonas de inserção dos músculos no osso (local mais frágil, devido ao processo de crescimento).
Com estes indicadores de análise é possível a partir de uma história clínica cuidadosa e completa e uma avaliação clínica criteriosa o Médico ou o Fisioterapeuta estabelecerem diagnósticos clínicos e funcionais que poderão ser complementados com a imagiologia (Ecografia e Ressonância Magnética).
Nem sempre há uma correspondência absoluta e linear entre imagens e sintomas. Não devemos esquecer que estes exames são apenas complementares e que a sua fiabilidade nunca é de 100%. Em caso de dúvidas, deve-se dar sempre preferência aos sinais e sintomas que encontramos num exame clínico cuidadoso, até porque os exames imagiológicos são estáticos (centrados nos aspectos morfológicos dos músculos) e muitos dos testes clínicos analisam o comportamento do músculo dinamicamente através da sua função.
"Ouvir, observar, testar, medir, palpar, cruzar informação ...e reflectir" deverão ser as palavras-chave de qualquer profissional de saúde.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta,
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 / 917231718
raulov@netcabo.pt
Faculdade de Motricidade Humana
Escola Superior de Saúde de Alcoitão
SOFRI UMA LESAO NO MUSCULO DA BARRIGA DA PERNA NO DECURSO DA AULA DE STEP ESTAVA NO FIM DA AULA,SENTI COMO QUE UM ESTALO E JÁ NÃO CONSEGUI ANDAR. APLIQUEI GELO E POMADA ANTI-INFLAMATORIA MAS A DOR AGORA É MAIS INTENSA QUANDO COLOCO O PÉ NO CHÃO. O QUE DEVO FAZER DE IMEDIATO? DEVO INICIAR FISIOTERAPIA DE IMEDIATO? QUANDO PODEREI VOLTAR A FAZER STEP?
ResponderEliminarBoa noite. Pelo que descreve deve ter feito uma lesão muscular (rotura parcial) do gémeo interno (è mais frequentemente lesado do que o gémeo externo): Nas primeiras 48/72 h deve fazer:
ResponderEliminar1) gelo/frio local durante 10/12 min e várias vezes ao dia;
2) fazer repouso (evitar andar sobre a perna, sobretudo se tiver dor) e se a dor na marcha for muito intensa pode ser necessário andar com o apoio de 2 canadianas nos primeiros dias.
3) compressão do músculo através do uso de uma ligadura de contensão ou de uma meia elástica (se for tiver possibilidade consulte um Fisioterapeuta com experiência em lesões desportivas que poderá aplicar uma ligadura adesiva).
4) eleve o membro, evitando estar muito tempo com o pé para baixo.
No entanto aconselho a ser avaliada por um Fisioterapeuta com experiência em lesões desportivas que fará um diagnóstico diferencial e que orientará sobre o programa a seguir.
De acordo com a gravidade e a extensão da lesão muscular o processo de recuperação funcional após uma lesão muscular dos gémeos demoram entre 15 dias (lesões minor) e as 4/6 semanas as lesões mais extensas. Não chega deixar passar o tempo, pois deve fazer Fisioterapia adequada, para evitar recidivas. Boa recuperação e apareça sempre que quiser. Raul Oliveira
Jogando bola começei a sentir um incomodo na parte externa da perna perto do quadril, tive que sair do jogo...a noite ja não estava andando direito por causda da dor, não consigo nem andar direito....o que pode ser e o que devo fazer ???
ResponderEliminarparece que a dor esta descendo para a parte da coxa frontal....nunca tive isso !!!
Boa noite Rodrigo: Os dados que dá são insuficientes para lhe dizer algo de concreto. Deve procurar um conselho de um médico para um diagnóstico correcto e a orientação terapêutica adequada. Até breve. Raul Oliveira
ResponderEliminarolá sofri um acidente de moto a uma semana bati com a perna direita em um carro ñ estava tão rapido mais o menos a 25 km p/hora. Logo que cai senti a perna fui ao hospital bati um raio-x mais naum quebrei. Agora esta roxa meia amarelada dormente em uma parte da canela aonde passo a mão e naum sinto, e dói somente quando forço ou quando a baixo a perna ou seja para caminhar meio que lateja mais logo passa a dor quando acostuma com a perna para baixo, tenho dificuldades ao dobrar a perna a pesar da batida ser na canela. O que pode ter acontecido espero que m tire essas duvidas por favor m responda obrigado.
ResponderEliminarBom dia: pode ter feito um hematoma (e dai o roxo/amarelado) pós contusão. Sucede que esse hematoma está em reabsorção mas numa fase inicial pode comprimir pequenos ramos nervosos e vasos sanguíneos e dai os seus sintomas de latejar, dificuldades de movimento e dor. Deve falar com o seu médico mas em alguns casos pode-se fazer uma ecografia/ultrassonagrafia e usar uma meia elástica. No entanto só perante um exame clínico se poderá dizer algo de mas concreto. Raul Oliveira
ResponderEliminarObrigado por tirar minhas duvidas, e o que se seria essa meia elastica?
EliminarHá esqueci de dizer que meu pé esta bastante inchado e tenho um caroço na perna parece que o nervo embolou, sera grave ou com alguma massagem ele se desfaz.
Obrigado.
Boa noite: se tem o pé inchado e tem um "caroço" na perna reforço o consuleho de consultar um médico Deve ser despistado um problema vascular. Raul Oliveira
ResponderEliminarBom dia: o meu filho tem um alto na coxa, parece um ovo que sobresai só quando faz força na perna terá sido uma lesão antiga no carate que nimguém deu conta, não lhe doi e já vez ressonancia magnetica que não revelou nada, agora está a fazer fisioterapia para ver se desaparece mas eu até tenho medo, podem-me ajudar?
ResponderEliminarBoa noite: é dificil de dizer algo de concreto com os elementos que nos dá. Deve confiar nos médicos e Fisioterapeutas que acompanham o seu filho. Raul Oliveira
ResponderEliminarBoa Noite! Parabéns pelo blog, bastante esclarecedor! Ontem, jogando bola pela manhã, ao me virar para lançar a bola senti uma fisgada na parte posterior da coxa e forte dor. Não consegui mais jogar e senti imediatamente dificuldade de me apoiar para andar. tratei com gelo de imediato. Hoje já estou andando mas sinto dor ao contrair a perna ou dar a passada. Sem lesão aparente no local. O que pode ter sido e como devo tratar?
ResponderEliminarLuciano.
Recife/PE
Boa noite: deve ter feito uma lesão muscular que deve ser avaliada e tratada por um fisioterapeuta experiente em lesões desportivas. De acordo com a gravidade e extensão da lesão pode levar entre 2/3 e 4/6 semanas.As lesões musculares na face posterior da coxa são das mais frequentes e das que podem sofrer mais recidivas se não for bem seguido. Raul Oliveira
ResponderEliminarBoa noite. Hoje durante uma partida de futsal com uns colegas, estava na baliza e tive de me atirar para o lado esquerdo para defender a bola. Ao cair, a anca do lado esquerdo bateu com alguma violência no chão e começou-me a doer imenso. Não tenho nenhum hematoma visível, mas ao caminhar sinto uma ligeira dor na anca e se tocar sinto uma dor muito forte quando nessa zona, já para não referir que, se experimentar atirar-me para esse lado sinto uma dor insuportável. Poderei ter alguma lesão grave? O que devo fazer?
ResponderEliminarSó perante um exame clinico e eventuais exames complementares se pode ter a certeza das possiveis lesões. Aconselho a procurar o seu médico. Raul Oliveira
EliminarBoa noite a 15 dias levei um super tombo d barriga e sou muito pesada peso 100 kilos tirei RX não fraturou nada mas não aguento de tanta dor embaixo dos seios e nenhum medico descobre oq tenho não sei mais oq fazer a dor é imsurportavel por Deus os eu faço .piora mais ainda quando deito d barriga pra cima .me ajude por Deus
ResponderEliminarBoa noite: é dificil dizer algo de objectivo e redivel com os elementos que dá. Pode ter feito um traumatismo torácico sem fracturas. Nestes casos a fase aguda é a mais dolorosa e deve consultar o seu médico que poderá aconselhar sobre o melhor tratamento. A fase aguda (primeiras 48/72 h) pós traumatismo são as mais dolorosas pelo que analgésicos podem estar indicados e evitar movimentos/esforços com os braços. O repouso é fundamental. espero que as dore possam aliviar tão depressa quanto possivel. Boa recuperação. Raul Oliveira
EliminarOla. Estou com um problema. Estou com uma dor abaixo do joelho na batata da perna, quando corro ela estrala e com um tempo que vou medicando com o cataflan e depois de uns 3 dias mais ou menos a dor passa e passo a andar normal. Mas vez outra dar outra estralo. Qual medico devo procurar e o que tenho?tenho.
ResponderEliminarBoa noite: sugiro que consulte um médico ortopedista/traumatologista. Só após um exame clínico e eventuais exames complementares se pode fazer um diagnóstico correcto. Boa recuperação. Raul Oliveira
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