Lesão: definição, natureza e tipos de lesão
Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como resultado da participação da actividade desportiva (Caine et al., 1996): tenha sido motivo directo para interromper a actividade desportiva (treinos e competições) durante pelo menos 24 horas; se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da actividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua actividade quer em termos quantitativos (menor nº de horas de prática, menor intensidade dos exercícios/esforços físicos) quer em termos qualitativos (alteração dos exercícios ou movimentos realizados); e jovem praticante procurou um conselho ou tratamento junto de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma.
A lesão pode surgir a partir de dois tipos de mecanismos:
1) macrotraumatismos (entorse, pancada, estiramento excessivo, etc.) em que o atleta situa no espaço e no tempo o movimento ou gesto que desencadeou os primeiros sintomas e que normalmente desencadeia uma incapacidade funcional imediata do segmento afectado tanto maior quanto mais grave for a lesão.
Podemos dar sucintamente vários exemplos:
a) Entorses da articulação tíbio-társica (tornozelo) em flexão plantar e inversão (lesões capsulo-ligamentares e em algumas situações ocorrem também fracturas e lesões nas cartilagens de crescimento no caso dos jovens) na recepção ao solo após um salto;
b) Entorses do joelho após uma mudança brusca de direcção envolvendo por exemplo um mecanismo de valgo e rotação externa do joelho (lesões capsulo-ligamentares e/ou meniscais, luxação da rótula). Aqui parece haver uma maior predisposição para as jovens do sexo feminino.
c) Estiramento excessivo e descontrolado numa abertura das pernas (lesão dos adutores); esforços explosivos como um sprint com dor aguda tipo picada na coxa ou perna (lesão muscular dos isqueo-tibiais ou gémeos)
d) Traumatismo directo da coxa (contusão com hematoma intramuscular);
e) Gestos com amplitudes extremas de abdução e rotação externa do ombro que causa uma luxação da articulação gleno-umeral, ou gesto de placagem de um opositor (rugby) que causa traumatismo ou luxação da articulação acromio-clavicular.
2) microtraumatismos repetidos a partir da repetição exaustiva de elementos técnicos da modalidade sem os adequados períodos de recuperação/repouso ou na execução incorrecta de certos gestos. Este tipo de mecanismos está na base do que se chama as lesões por sobrecarga ou lesões por esforços repetidos – LER (overuse injuries). Nos jovens atletas este tipo de mecanismos adquirem uma importância particular quando se aumenta o volume e a intensidade do treino numa fase em que corpo biológico está em permanentes mudanças.
Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como resultado da participação da actividade desportiva (Caine et al., 1996): tenha sido motivo directo para interromper a actividade desportiva (treinos e competições) durante pelo menos 24 horas; se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da actividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua actividade quer em termos quantitativos (menor nº de horas de prática, menor intensidade dos exercícios/esforços físicos) quer em termos qualitativos (alteração dos exercícios ou movimentos realizados); e jovem praticante procurou um conselho ou tratamento junto de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma.
A lesão pode surgir a partir de dois tipos de mecanismos:
1) macrotraumatismos (entorse, pancada, estiramento excessivo, etc.) em que o atleta situa no espaço e no tempo o movimento ou gesto que desencadeou os primeiros sintomas e que normalmente desencadeia uma incapacidade funcional imediata do segmento afectado tanto maior quanto mais grave for a lesão.
Podemos dar sucintamente vários exemplos:
a) Entorses da articulação tíbio-társica (tornozelo) em flexão plantar e inversão (lesões capsulo-ligamentares e em algumas situações ocorrem também fracturas e lesões nas cartilagens de crescimento no caso dos jovens) na recepção ao solo após um salto;
b) Entorses do joelho após uma mudança brusca de direcção envolvendo por exemplo um mecanismo de valgo e rotação externa do joelho (lesões capsulo-ligamentares e/ou meniscais, luxação da rótula). Aqui parece haver uma maior predisposição para as jovens do sexo feminino.
c) Estiramento excessivo e descontrolado numa abertura das pernas (lesão dos adutores); esforços explosivos como um sprint com dor aguda tipo picada na coxa ou perna (lesão muscular dos isqueo-tibiais ou gémeos)
d) Traumatismo directo da coxa (contusão com hematoma intramuscular);
e) Gestos com amplitudes extremas de abdução e rotação externa do ombro que causa uma luxação da articulação gleno-umeral, ou gesto de placagem de um opositor (rugby) que causa traumatismo ou luxação da articulação acromio-clavicular.
2) microtraumatismos repetidos a partir da repetição exaustiva de elementos técnicos da modalidade sem os adequados períodos de recuperação/repouso ou na execução incorrecta de certos gestos. Este tipo de mecanismos está na base do que se chama as lesões por sobrecarga ou lesões por esforços repetidos – LER (overuse injuries). Nos jovens atletas este tipo de mecanismos adquirem uma importância particular quando se aumenta o volume e a intensidade do treino numa fase em que corpo biológico está em permanentes mudanças.
Independentemente dos mecanismos (macro ou micro) as lesões desportivas podem ocorrer sem haver história anterior de lesão ou queixas nessa estrutura – 1ª lesão, ou serem recidiva de lesão anterior ou seja existir uma história passada de lesão nessa estrutura (pelo menos uma vez), mas com recuperação completa da mesma.
Relativamente à gravidade/severidade das lesões desportivas podemos te:
- lesões minor, que na maioria das vezes não obrigam a parar a actividade, embora a possam condicioná-la e aumentem o risco de ocorrer uma lesão mais grave.
- lesões major que implicam quase sempre uma paragem da actividade principal (pode-se e deve-se manter sempre algum grau de actividade física) e tratamento adequado.
As lesões agudas ocorrem por exemplo, imediatamente após um macrotraumatismo de lesão major com sinais e sintomas precoces) onde a fase inflamatória aparece com os seus sintomas inequívocos: calor (energia metabólica irradiada), rubor (vasodilatação e aumento da vascularização); edema e/ou hematoma locais (exsudado inflamatório e/ou hemorragia) e dor – estimulação das terminações nervosas aferentes, por processos quer de na natureza física, quer de natureza química sobre os nocioceptores, que ocorrem nas primeiras horas pós-lesão.
O conjunto destes sinais/sintomas levam a uma limitação/incapacidade funcionais que será tanto mais acentuada quanto maior for a gravidade e a extensão da(s) lesão(ões) inicial(is).
- lesões minor, que na maioria das vezes não obrigam a parar a actividade, embora a possam condicioná-la e aumentem o risco de ocorrer uma lesão mais grave.
- lesões major que implicam quase sempre uma paragem da actividade principal (pode-se e deve-se manter sempre algum grau de actividade física) e tratamento adequado.
As lesões agudas ocorrem por exemplo, imediatamente após um macrotraumatismo de lesão major com sinais e sintomas precoces) onde a fase inflamatória aparece com os seus sintomas inequívocos: calor (energia metabólica irradiada), rubor (vasodilatação e aumento da vascularização); edema e/ou hematoma locais (exsudado inflamatório e/ou hemorragia) e dor – estimulação das terminações nervosas aferentes, por processos quer de na natureza física, quer de natureza química sobre os nocioceptores, que ocorrem nas primeiras horas pós-lesão.
O conjunto destes sinais/sintomas levam a uma limitação/incapacidade funcionais que será tanto mais acentuada quanto maior for a gravidade e a extensão da(s) lesão(ões) inicial(is).
Os objectivos terapêuticos desta fase passam por controlar a resposta inflamatória, melhorar a nutrição tecidular e a drenagem das substâncias indesejadas e reduzir a dor e o edema/hematoma locais. Para isso o atleta deve consultar um fisioterapeuta ou um médico com experiência em lesões desportivas e realizar de imediato um conjunto de procedimentos terapêuticos que são descritos de uma forma sucinta pelas iniciais inglesas RICE. Repouso selectivo do segmento afectado, frio ou gelo local (Ice) (10 a 20 min. de 2 em 2 horas nos primeiros 2 dias), Compressão selectiva da zona lesada e Elevação do membro.
Deve-se ainda evitar fazer calor local bem como qualquer forma de massagem (elementos vasodilatadores agravam a reacção inflamatória) e actividade excessiva sobre estrutura lesada.
As lesões crónicas caracterizam pelo manter dos sinais e/ou sintomas por um período mínimo de 3 meses, sem ter havido alívio completo dos mesmos. Condicionam a actividade e podem sofrer períodos de agudização que desencadeiam uma resposta inflamatória impeditiva de qualquer tipo de treino.
Deve-se ainda evitar fazer calor local bem como qualquer forma de massagem (elementos vasodilatadores agravam a reacção inflamatória) e actividade excessiva sobre estrutura lesada.
As lesões crónicas caracterizam pelo manter dos sinais e/ou sintomas por um período mínimo de 3 meses, sem ter havido alívio completo dos mesmos. Condicionam a actividade e podem sofrer períodos de agudização que desencadeiam uma resposta inflamatória impeditiva de qualquer tipo de treino.
Segundo Caine et al (1996), o número de anos de prática e o início da competição podem ser os principais factores de risco para o desenvolvimento de algumas lesões crónicas. O número e gravidade de lesões tende naturalmente a aumentar com o aumento dos níveis de competição.
As lesões crónicas mais comuns são as tendinopatias, bursites, apofisites ou entesopatias (lesões nos locais de inserção óssea das estruturas músculo-tendinosas no caso dos jovens atletas) e fracturas de fadiga. A dor instala-se gradualmente e pode atingir intensidades que incapacitam o jovem para a prática desportiva e podem interferir mesmo com as actividades funcionais.
Raul Oliveira, Fisioterapeuta
R´Equilibri_us - Gabinete de Fisioterapia
Av. D. João I, nº 8, Oeiras
309 984 508 / 917231719
Gostei muito da sua explicação!... estava a fazer um trabalho e este website ajudou muito...
ResponderEliminarSabem, se tiverem algum problema, que não consigam resolver, ou precisem de um conselho, não hesitem e visitem este website:
www.helpinya.blogspot.com
Bom dia: Agradeço as suas palavras e a divulgação do blog. Raul Oliveira
ResponderEliminarBom dia,
ResponderEliminarÀ uma semana fui jogar futebol com os amigos e levei uma pancada acima do tornozelo esquerdo e só passando alguns dias é que reparei que estava com derrame, semelhante à última fotografia que vocês colocaram aqui no blog, com menos derrame digamos! será que me podiam ajudar? qual o tipo de tratamento? o organismo a cada dia que passa vai absorvendo o "sangue pisando", não tenho tido dores, aliás poucas ou nenhumas tive? será que já posso jogar? Obrigado
Bom dia: pelo que descreve deve ter havido uma contusão/traumatismo directo com aparecimento de hematoma/equimose nos dias posteriores. Se não tem dores e outros sintomas o organismo vai reabsorvendo gradualmente esse hematoma. Pode demorar alguns dias. É possivel que não tenha feita qualquer lesão estrutural (músculo, tendão ou ligamento) mas deve evitar os desportos de contacto que aumentem o risco de novos traumatismos enquanto persistir esse hematoma. Parece ser uma situação de resolução relativamente rápido. Apareça sempre. Raul Oliveira
ResponderEliminarObrigado pelo esclarecimento, foi mt objectivo! Abraço
ResponderEliminarGostei muuito parabéns galera upa upa ^^
ResponderEliminareu tambem gostei muito disso compartilha sua historia na rede
Eliminarsepauê
ResponderEliminarBom dia. à 3 dias num treino de futsal, num sprint na arrancada senti uma picada na coxa por trás, forcei e voltei a sentir com mais intensidade. Acha que pode ser rotura? primeiros 2 dias nao me doia a andar, agora já me queixo. cumprimentos
ResponderEliminarBoa noite: é possivel que tenha feito uma lesão muscular num dos músculos posteriores da coxa. A extensão e gravidade da lesão é que pode ser variável. Aconselho a procurar a orientação de um Fisioterapeuta com experiência em lesões desportivas. Neste blog já escrevi vários post sobre lesões musculares e lesões dos hamstrings/músculos da parte de trás da coxa. Raul Oliveira
ResponderEliminaré isso
EliminarBoa tarde! Ha dois anos sofri uma queda da escada, foram 10 degraus que bati com a nadega direita, no momento da queda e nos primeiros 30 dias sentir mta dor, na região formou um hematoma escuro e difícil absorção. De uns dias para cá, venho sentindo dor e cansaço nessa perna, e mtas cãibras de media duração, e no local de hematoma formou uma deformação visível e palpável que começou a ficar dolorida, gostaria de saber se eh uma lesão grave e se preciso de algum tratamento? Obg!
ResponderEliminarBoa noite Juh: é possivel que tenha feito hematoma pós-traumatismo/contusão e que esse hematoma tenha "calcificado" e por iss os sintomas que descreve. Sugiro fazer uma ecografia/ultrassonografia e ser observada por um médico traumatologista. Raul Oliveira
Eliminar